Na última segunda-feira, 27, o 7° Batalhão de Polícia Militar (7°BPM) encaminhou dezenas de motocicletas, que foram apreendidas nos últimos dias em Lagarto, para o pátio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran/SE), em Aracaju.
Segundo o 7°BPM, foram diversas motocicletas e ciclomotores envolvidos em ocorrências que geraram registro em delegacia ou com restrições que impossibilitam sua circulação. No entanto, como as mesmas irão a leilão, o mencionado batalhão aproveitou para fazer um apelo à sociedade.
“O Comando do 7°BPM reitera a advertência para que os cidadãos de bem não comprem veículos de leilão para circularem. A “indústria” dos veículos de leilão é a maior fomentadora de roubos de motos da região”, diz o Batalhão.
Procurado pela reportagem do Portal Lagartense, o Subtenente Heliomarto, responsável pela assessoria de comunicação do 7°BPM, destacou que a compra de motocicletas em leilão visando a sua circulação pelas ruas ajuda a manter a criminalidade ativa, sobretudo na região.
“Muitas pessoas vão ao leilão comprar uma motocicleta devido ao seu preço acessível, mas como geralmente elas vêm com algum defeito ou falta de peça, que costumam ser caras, eles recorrem ao mercado negro – que é composto por ladrões de motocicletas – para equipar o veículo a um preço bem mais inferior ao do mercado legal”, explica o Subtenente.
Além disso, Heliomarto destacou que figuram entre as peças mais requeridas por esta clientela ao mercado negro: a descarga da motocicleta, o painel de instrumentos que se desgastam com o tempo e o motor. “É importante salientar que todas aquelas peças que não prestam e que são compradas em leilão, elas já são especificadas no documento do veículo. Então qualquer tipo de acessório colocado numa motocicleta de leilão deve ter a sua nota fiscal. Caso contrário, o cidadão estará ajudando ao ladrão de motos”, alertou o Subtenente.