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Humor cearense pode ser considerado Patrimônio Cultural da Humanidade

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Grupo de Estudos e Pesquisas em Direitos Culturais (GEPDC), da Programa de Pós-Graduação em Direito Constitucional da Universidade de Fortaleza (Unifor/PPGD), lançou campanha para que o humor cearense seja reconhecido Patrimônio Cultural da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Sempre trabalhando com a realidade de setores da sociedade brasileira, o grupo analisou a situação da pandemia de Covid-19 e constatou a importância das atividades culturais no processo de enfrentamento dos problemas sociais gerados pelo novo coronavírus.

“Com o prolongamento deste mal planetário, vimos a importância das atividades culturais como lenitivo às dificuldades que enfrentamos. E, entre as atividades culturais, um destaque especial é o humor, que é, por assim dizer, uma matéria-prima abundante no Estado do Ceará. Observada essa importância do humor e considerando o nosso campo de estudo, resolvemos estudar as relações sociojurídicas que o envolvem”, ressalta Humberto Cunha, professor do PPGD e coordenador do projeto.

A campanha parte da premissa segundo a qual o humor faz parte das relações cotidianas do povo cearense, independentemente do ambiente. De acordo com o professor Humberto Cunha, “o projeto é sobre o humor cearense enquanto modo de viver, cuja salvaguarda tem uma importante dimensão jurídica, e não especificamente sobre os humoristas ou comediantes, embora eles sejam indispensáveis à percepção do fenômeno e ao impulso do reconhecimento oficial desta manifestação enquanto patrimônio cultural”.

Uma das atividades feitas pelo projeto é a de encontros com figuras importantes para o humor no estado, cujas gravações ficam à disposição do público em geral, no canal do grupo de pesquisa no YouTube: Gepdc Direitos Culturais. Já gravaram depoimentos Jáder Soares, presidente da Associação Cearense dos Humoristas e do Museu do Humor Cearense, e Hugo Possolo, artista, gestor cultural e teórico do estudo do humor. Os próximos já agendados serão Otávio Meneses, cordelista e servidor estadual vinculado ao patrimônio cultural, Alênio Carlos, diretor de patrimônio cultural da Prefeitura de Fortaleza (2013-2015) e do Estado do Ceará (2016-2020), e Valéria Vitoriano, muito conhecida pela personagem Rossicléia.

De acordo com o coordenador da pesquisa, um dos maiores obstáculos que o projeto enfrenta é no reconhecimento de uma manifestação enquanto patrimônio cultural da humanidade, visto que pressupõe a valorização e reconhecimento local e no país. “Está em nossas metas entregar o relatório final da pesquisa às autoridades responsáveis e à comunidade diretamente interessada e legítima. Com base nesse relatório, elas poderão, eventualmente, incrementar políticas de salvaguarda e valorização, e que deem suporte a uma candidatura perante a Unesco, o que, reconheço, não é fácil, dados os limites numéricos que cada país tem ao apresentar as suas postulações. Isso significa que é um projeto de médio ou longo prazo”, frisa Humberto Cunha.

O professor Humberto Cunha informa que pretende apresentar os resultados finais ou preliminares do projeto durante a realização do Encontro Internacional de Direitos Culturais, cuja 10ª edição ocorrerá de 4 a 8 de outubro de 2021, com o apoio da Unifor/PPGD. “Temos absoluta certeza de que essa pesquisa pode contribuir para o fortalecimento de um importante aspecto identitário do povo cearense e, quiçá, para uma maior aproximação da cultura com a economia criativa”, conclui.

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