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29 trabalhadores de Sergipe dizem ter sido enganados por oferta de emprego em obra no Paraná

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O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando a situação de trabalhadores de Sergipe que cruzaram o país em busca de trabalho no Paraná. Eles contam que receberam a proposta para trabalhar em uma obra, mas o emprego ficou na promessa.

Moisés da Silva Santos é pintor e deixou um serviço no interior de Sergipe por uma oferta de emprego, com salário de R$ 2 mil em Curitiba.

Um intermediário, que é do Mato Grosso do Sul, era o contato que reuniu os 29 trabalhadores. Eles criaram um grupo de mensagens, onde esse contato, Luiz Pereira da Silva, disse que estava tudo certo.

“Todos que forem vir me deem o aval amanhã, pelas 10h, mandando um áudio confirmando a presença de vocês no canteiro de obra na quinta-feira. Vocês vão sair na terça, vão viajar uns três dias, né, para chegar lá?”, disse ele em um áudio.

Cada um pagou R$ 400 pela passagem do ônibus. Depois de 2.800 quilômetros, o transporte deles foi na caçamba de uma camionete.

Contudo, esse foi só o primeiro problema. Em vez de irem para um alojamento, ficaram em uma casa pequena, sem colchões para todos. Por fim, o pior de todos: não havia emprego nenhum.

“Estava tudo vazio. A gente falou: ‘cara, nós estamos com fome, não temos alimento, nós estamos precisando também da cama, que aqui não tem nenhuma beliche’. Ele arrumou 16 colchões para 29 pessoas”, contou Moisés da Silva Santos.

Esses trabalhadores que estão dividindo a casa em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), sequer se conheciam. Eles moravam cada um em uma cidade, tinham serviços temporários e ninguém assinou contrato de trabalho.

“Como é que vai ficar a situação da gente?! Endividado, os dias aqui, e os nossos direitos para onde é que vão?”, afirmou Moisés.

Ele foi até o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, que acionou o Ministério Público do Trabalho.

Auditores estiveram no alojamento essa semana e constataram que os trabalhadores embarcaram com a promessa de trabalho de uma pessoa: Luiz Pereira da Silva, ligado a uma pequena empreiteira, que iria terceirizar o serviço a uma incorporadora, a Lyx Engenharia.

A partir disso, o Ministério Público vai apurar as responsabilidades.
Por meio de nota, a Lyx Engenharia disse que essa empreiteira era uma das que estavam em negociação para possível contrato de trabalhadores, mas que não entregou os documentos solicitados. Por isso, as negociações foram canceladas e nenhum tipo de contrato foi firmado.

A Lyx reforçou que não solicitou a vinda de trabalhadores de outros estados.

Vagner dos Santos não entende de quem é a responsabilidade, mas não quer voltar para Rosário do Catete, no interior de Sergipe, sem receber pelo tempo que ficou no Paraná.

“Está ruim? Está, mas a gente só volta com os nossos direitos porque a gente não vai sair com as mãos abanando”, comentou.

O intermediário da empreiteira, Luiz Pereira de Silva, afirmou que apenas quando chegou na obra soube que o serviço não tinha sido liberado para a equipe dele, e que também ficou no prejuízo.

O Ministério Público do Trabalho de Sergipe também está investigando o caso.

Fonte: G1

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