Logo depois, diante de afirmações sobre Jailson estar bem no time (não perde há 29 jogos), e de ter jogado com Dida na seleção brasileira, Edilson completou:
– Deixa chegar a hora certa. O Dida não era negão. É pardozinho. (…) Tem coisas no futebol que vocês não jogaram, vocês não entendem. Goleiro negão é igual… Rapaz… Tá bom, depois vocês vão dizer…
As declarações reverberaram em redes sociais e foram muito criticadas – em especial por palmeirenses. Segundo Edilson, ele apenas levou à conversa no programa uma brincadeira comum do futebol.– Eu estava comentando que a torcida do Palmeiras prefere o Prass, que o carinho da torcida é muito grande. E falei que é uma coisa que no meio da gente é muito comum, e vocês, jornalistas, sabem que rola. Mas quando fala uma coisa dessas, é em tom de piada. O torcedor do Palmeiras ficou achando que é direcionado. Falei que na história do futebol se comenta isso, deve ser por causa do Barbosa na Copa de 50 (goleiro que falhou na final contra o Uruguai). Mas não quer dizer que sou racista. Apenas narrei uma coisa de jogo – disse Edilson, por telefone.
Ao GloboEsporte.com, Edilson disse não achar que goleiros negros falhem mais.
– Todo mundo sabe que isso não existe. Até acho (o Jailson) um grande goleiro. Minha família é negra. Meus melhores amigos são negros, o Vampeta e o Amaral. Como vou ser racista? É coisa de resenha. Não penso isso. Não tem nada a ver.
O ex-jogador afirmou que não pediu desculpas a Jailson e que não acredita que o goleiro tenha ficado chateado.
– Não falei com o Jailson, porque acho que nem tem necessidade. Nem vi ele comentando alguma coisa. Tenho certeza que não ficou chateado.
História em Corinthians e Palmeiras
Edilson teve passagens marcantes por Palmeiras e Corinthians – que se enfrentam no sábado pelo Campeonato Paulista. Com a camisa alviverde, foi bicampeão brasileiro em 1992 e 1993. Depois, pelo Timão, repetiu a dose com as conquistas nacionais de 1998 e 1999 – além do Mundial de Clubes de 2000.
Pelo Corinthians, protagonizou uma briga generalizada em clássico ao fazer embaixadinhas dentro de campo. Depois daquilo, passou a ter muito mais identificação com corintianos do que com palmeirenses.
Fonte GloboEsporte