Com o tema “Dia D – Empoderando mães e pais para fortalecer a amamentação: hoje e para o futuro”, o Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Lagarto, em parceria com a Liga Acadêmica de Neonatologia e Aleitamento Materno (LANAM) e Liga Acadêmica da Saúde da Criança (LIASC), formadas por acadêmicos de medicina da UFS Lagarto, reuniram-se esta semana para sensibilizar os usuários de especialidades pediátricas quanto aos benefícios do aleitamento materno.
A ação faz parte do calendário do ‘Agosto Dourado’, mês dedicado à intensificação das ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. A iniciativa aconteceu no Ambulatório de Especialidades do Hospital Universitário de Lagarto, que funciona no Centro de Simulações e Práticas do Campus UFS Lagarto.
A responsável técnica pelo ambulatório do HUL, enfermeira Amanda Vitório, abriu o evento conscientizando o público acerca da importância da amamentação para o desenvolvimento da criança. “O leite materno possui todos os nutrientes essenciais para a criança”, destacou . “Além de estimular o desenvolvimento do bebê, contribui para a formação da dentição e ainda traz benefícios para a mãe como perda de peso, proteção contra o câncer de mama e redução da pressão arterial, dentre outros”, observou.
Outra questão abordada por Amanda foi a importância do papel de uma rede de apoio à lactante para uma amamentação saudável, quando aproveitou para explicar aos usuários o significado das quatros pontas que formam o laço que simboliza o ‘Agosto Dourado’. “Os pontos do laço simbolizam a mãe, a criança, a rede de apoio e o futuro da criança”, explicou.
“Se a mãe tem uma rede de apoio bem entrelaçada, com familiares, vizinhos e amigos dando suporte é possível que todo o processo de amamentação seja mais exitoso”, destacou Amanda. “A parte fisiológica é importante, mas sem dúvida o psicológico influi bastante, por isso a importância de ter uma rede de apoio bem estruturada”, enfatizou.
Ligas Acadêmicas
Os acadêmicos demonstraram com o auxílio de um boneco como é feita a amamentação da forma correta; como deve ser a ‘pega’, que é quando o bebê faz a sucção do leite materno; e de que forma a mãe deve segurar a criança, que deve ser apoiando costas e cabeça do bebê, estando a mãe sentada ou deitada. Os estudantes alertaram ainda para os sinais que sinalizam que a ‘pega’ não está acontecendo da maneira correta.
“A criança para de mamar para respirar, faz sons com a língua enquanto mama; já a mãe pode sentir dor durante a amamentação e ter deformidades nos seios. Como consequência o bebê pode apresentar perda de peso”.
Finalizando as palestras, os discentes do curso de medicina ressaltaram os benefícios da ordenha, que é quando a mãe retira o leite para armazenar e usar oportunamente. “A mãe deve guardar esse leite em recipientes de vidro com tampas de plástico e não metálicas, porque pode reagir”, observaram. “A ordenha ajuda no tratamento da Mastite, evita que o leite empedre e pode ser muito útil para aquelas mães que trabalham e não têm muito tempo para amamentar”, lembraram.
Benefícios da amamentação
Além das palestras educativas, na ocasião foi distribuído panfletos com dados esclarecedores sobre os principais fatos relacionados à amamentação, como os listados abaixo:
– O leite materno é muito importante para a criança até os dois anos de vida ou mais. Nos primeiros seis meses o bebê que mama no peito não precisa de nenhum outro alimento, pois o leite materno é completo e tem tudo que ele precisa, inclusive água;
– As crianças amamentadas têm menos infecções, tais como diarreias, doenças respiratórias, otites, e menos chance de ter no futuro doenças como obesidade e diabetes;
– Sugar o peito é um excelente exercício para os músculos da face da criança. Favorece o posicionamento dos dentes, o desenvolvimento da fala, da mastigação e a respiração;
– As mulheres que amamentam diminuem o risco de desenvolver câncer de mama, câncer de útero, câncer de ovário, além de diabetes e pressão alta;
– A amamentação previne a fome e a desnutrição em todas as suas formas, e garante a segurança alimentar aos lactantes, mesmo em tempos de crise e catástrofe;
– Para cada ano que amamenta a mulher tem menos de 6% de chance de desenvolver câncer de mama.
Fonte: HUL