Foi através da arte de tecer os fios que Rosilene Santos conquistou o seu reconhecimento profissional enquanto mestra artesã, título concedido pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) em maio deste ano que reflete a valorização do trabalho, da arte, da cultura e do conhecimento popular repassado de geração em geração. Com um trabalho ativo de valorização dessa categoria, a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Empreendedorismo (Seteem) intermediou a participação dela e de outros artesãos para transmissão de seus saberes durante oficinas de artesanatos realizadas na 16ª edição do ‘Sergipe é aqui’, ação itinerante que aconteceu na última quinta-feira, 23, no município de Poço Verde, centro-sul sergipano.
“Estar aqui hoje, para mim, é um momento gratificante e único, porque é a primeira oficina desse porte que está acontecendo aqui no município, no momento em que o Governo de Sergipe chega à nossa cidade fazendo um belíssimo trabalho. Nós só temos a agradecer. Este é um momento histórico, é um momento no qual a nossa arte está tendo mais visibilidade. Tudo isso é gratificante”, afirma a mestra.
Primeira artesã sergipana com título de mestra na tecelagem, Rosilene afirma estar grata por mais uma oportunidade de apresentar sua arte e seus conhecimentos na área, tanto a nível de município quanto a nível de estado e de Brasil. Na última semana, entre os dias 15 e 19 de novembro, ela teve um estande reservado como mestra artesã para exposição das suas produções no 16º Salão do Artesanato, ocorrido em Brasília – evento que também contou com intermediação da Seteem para participação de associações e artesãos sergipanos.
“É um dom que Deus me emprestou e eu estou usando ele e levando essa arte onde eu posso ir. Tecelagem é a arte de tecer, é você pegar fios entrelaçados, criar e dar existência àquilo que não existe. É uma transformação, uma arte transformada pela sua mão. É a arte do saber e do fazer e, na tecelagem, eu costumo dizer que são as tramas da vida onde você está ali confeccionando uma peça e você está colocando todo o seu sentimento nessa peça”, conclui sobre o amor à arte e ao trabalho realizado há tantos anos e expandido para toda a sua família.
Além da oficina de tecelagem ministrada por Rosilene, foram realizadas oficinas de artesanato com PVC e crochê e exposição e comercialização de peças produzidas por artesãos do município. Sandra Ramos foi uma das artesãs expositoras. Há mais de 20 anos no ramo, o artesanato tem sido a sua principal fonte de renda e caminho pelo qual tem exercido a sua veia empreendedora, criando um ateliê para comercialização de enxovais e bordados.
“Tudo que eu tenho é através do artesanato. Eu já tentei trabalhar fora, fiz até curso, mas não me adaptei e voltei para o artesanato”, disse. Quando perguntada sobre as ações do governo destinadas à categoria, ela demonstrou satisfação e boas expectativas futuras. “Está ótimo, cada dia melhor. Essas feiras fazem com que a gente participe e ganhe credibilidade”, destaca.
Apoio ao trabalho e empreendedorismo
Também foram prestadas orientações sobre a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) digital; cadastro de empregadores para captação de vagas; cadastro e atualização de trabalhadores em busca de emprego; cadastro para recebimento do seguro-desemprego; cadastro de jovens para o Programa Primeiro Emprego; cadastro de empregadores para o Programa Primeiro Emprego; cadastro de empreendimentos econômicos e solidários; comercialização de alimentos; cadastro e renovação da carteira do Artesão; orientações sobre editais de feiras nacionais e da Lei Paulo Gustavo e orientações sobre a participação de artesãos em eventos do estado.
Bruno de Jesus foi um dos beneficiados pelos serviços prestados pelo Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT), setor vinculado à Seteem. Ele soube dos serviços pelas publicações em redes sociais e foi ao local para realizar a atualização de cadastro para vagas de emprego. “É muito importante essa ação que o governo está fazendo nos municípios”, disse.
Além disso, os poço-verdenses também marcaram presença no evento para comercialização de produtos da gastronomia local. Solange Santos esteve representando o empreendimento ‘Cuscuz com Leite – Tudo da Roça’ e levou uma variedade de alimentos, desde o cuscuz – referência de venda -, ao doce de leite batido, doce de caju, cocada, mel e geladinho.
Também com veia empreendedora, Maria Nilza aproveitou a oportunidade para comercializar os sabonetes e sais temperados produzidos artesanalmente por ela que destaca a importância da realização de eventos como o ‘Sergipe é aqui’ para o crescimento da produção e das vendas. “A participação da gente nos eventos do Governo é boa demais, porque a gente ganha mais reconhecimento e vai vender mais”, disse.
Fonte: Governo de SE