Audiência pública foi realizada na manhã desta segunda-feira (16), para discutir a problemática da Rodovia João Paulo II e a SE 170 que ligam os municípios de Lagarto à Itabaiana, uma das rodovias de maior tráfego estadual, que ligam duas cidades importantes e que está muito esburacada, sem sinalização e sem acostamento.
Estiveram presentes deputados estaduais e o deputado federal Fábio Reis, prefeitos e vereadores das cidades envolvidas, já que são legítimos representantes do povo que trafegam nessas rodovias diariamente.
A audiência foi uma iniciativa da Promotoria de Justiça Especial de Lagarto na pessoa do Dr. Antônio Carlos, que se mostrou muito preocupado com o estado das rodovias, mas também com a ponte do Rio Vaza Barris que fica situado em um trecho da rodovia.
O presidente do DER, Dr. Vasconcelos afirmou que a grande problemática é que o estado, no momento, não dispõe de verbas para reconstrução de nenhuma rodovia. Não existe por lei, uma emenda para infraestrutura e isso acaba prejudicando a manutenção das rodovias em todo estado. “As demandas são infinitas e os recursos são mínimos”, declarou. Nesses últimos 3 meses houve redução no orçamento do Departamento Estadual de Infraestrutura e que por isso não há muito a se fazer. Sobre a ponte do Rio Vaza Barris que foi construída há mais de 40 anos, ele garantiu que ano passado teve uma vistoria e não foi constatado nenhuma anomalia estrutural grave e que não havia motivos para preocupação com a ponte. Mas, informou que o governo já está solicitando um empréstimo que tem como prioridade a recuperação dessa rodovia. O empréstimo está estimado para 390 milhões e que aproximadamente 145 milhões será destinado para a reconstrução de 201 km de rodovia que vai de Lagarto à Itabaiana e a região agreste atendendo as cidades de Moita Bonita, Ribeirópolis entre outras. O empréstimo está sendo enviado ao legislativo para aprovação e que se liberado será uma das prioridades do governo.
Enquanto esse processo burocrático está em fase de aprovação, o DER se comprometeu a fazer um paliativo imediato com limpeza dos acostamentos, tapa buracos para diminuir o tamanho dos danos causados a população.
Na oportunidade, o prefeito de Lagarto Valmir Monteiro reclamou sobre a dificuldade de fazer convênio com o Departamento e que isso impossibilitava a prefeitura de solucionar pequenos casos, pois sem o convênio, a prefeitura não pode atuar nas rodovias estaduais. Inclusive, mencionou que iniciou uma operação tapa buracos nos trechos do povoado Jenipapo e que foi advertido pelo próprio departamento, tendo que paralisar a operação. Entretanto, o presidente também se comprometeu em assinar o convênio.
Uma carta será enviada ao governador pela promotoria, com todas as reivindicações cobradas pelos gestores presentes na audiência.