Isolado em sua fazenda situada em Simão Dias, como medida de proteção ao novo coronavírus (Covid-19), na última quinta-feira, 14, o governador Belivaldo Chagas (PSD) concedeu algumas entrevistas e falou sobre a possibilidade de reabrir o comércio e de decretar o chamado lockdown em todo o estado de Sergipe.
Em relação ao primeiro tema, à Fan FM, Belivaldo disse que não irá ceder às pressões e autorizar a reabertura geral do comércio em Sergipe como propõe alguns setores empresariais no estado, porque a prioridade, no momento, é com a ampliação no número de leitos de UTI para garantir assistência aos sergipanos.
“Minha prioridade é com a vida das pessoas. Eu não vou flexibilizar, enquanto a gente tiver nessa linha crescente de contágio. Meu medo é ver fila na porta de UTI e não ter vaga para ofertar, estou lutando com todas as minhas forças para evitar que isso aconteça. Não quero ver gente morrendo, quero ver gente vivendo”, disse o gestor.
Belivaldo também disse estar aberto ao diálogo com a classe empresarial, mas observou que – como o Governo do Estado está com dificuldade para adquirir respiradores – as ações governamentais serão balizadas de acordo com a quantidade de leitos de UTI disponíveis. “Estamos [Consórcio do Nordeste], hoje, dependendo de 300 respiradores, dos quais 30 direcionados para Sergipe. A gente não consegue comprar no mercado mundial, o mundo todo enfrenta essa mesma dificuldade”, observou.
Lockdown em discussão
Ainda em entrevista a Fan FM, Belivaldo Chagas desmentiu informações sobre o decreto de lockdown em Sergipe. Em sua fala, o governador afirmou que não recebeu nenhuma orientação para decretar o fechamento total em Sergipe e que ainda não há nada definido sobre este tema. Entretanto, ele não negou já estar discutindo a medida com a sua equipe.
“Se discute sim, em todas as reuniões a possibilidade ou não. Mas caso isso venha a acontecer, se houver a extrema necessidade por conta de um colapso como um todo, informaremos a partir de qual data ocorrerá para que as pessoas tenham tempo de se preparar, se organizar. Inclusive com prazos pré-determinados”, esclareceu o governador de Sergipe.