O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar o ministro do Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Roberto Barroso, nesta terça-feira (3), ao defender o voto impresso auditável.
“O ministro Barroso presta um desserviço para a população brasileira. Não é uma briga contra o TSE ou STF, é contra o ministro do Supremo que é presidente do TSE querendo impor a sua vontade. Nós sabemos quanto Barroso deve para Luiz Inácio Lula da Silva”, disse a um grupo de apoiadores.
Nos últimos dias, Barroso foi atacado por Bolsonaro em duas oportunidades. Em um discurso aos manifestantes pró-voto impresso em Brasília e na solenidade que marcou o lançamento de um programa do Ministério da Cidadania. Entre outras reclamações, o chefe do Executivo criticou o presidente do TSE por comparecer ao parlamento para tentar barrar o avanço do voto impresso.
Nesta terça-feira (3), Bolsonaro reforçou seu discurso pró-voto impresso, dizendo que as discordâncias entre eles “não é briga de quem é mais macho”.“Mas não abro mão de mostrar quem respeita a nossa constituição. O voto tem que ter a contagem pública”, completou.
Durante a sessão de abertura do semestre do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na última segunda-feira (2), Barroso afirmou que manchar debate público com desinformação é um ato antidemocrático.
“A ameaça à realização de eleições é uma conduta antidemocrática. Suprimir direitos é antidemocrática. Conspurcar o debate público com desinformação, mentiras, ódio e teorias conspiratórias é conduta antidemocrática. Há coisas erradas acontecendo no país e precisamos estar alertas. Nós já superamos os ciclos institucionais, mas há retardatários que querem voltar ao passado”, disse Barroso.