Na última segunda-feira, 1º de fevereiro, os olhos da política brasileira estiveram voltados para o Congresso Nacional Brasileiro, onde os candidatos apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o Senador Rodrigo Pacheco (DEM-RO), foram eleitos respectivamente para os cargos de presidente da Câmara dos Deputados e presidente do Senado Federal.
– Arthur Lira é eleito (302 votos em 513 possíveis), em primeiro turno, para presidir a Câmara para o biênio 2021/22. pic.twitter.com/bCTNuxoqyH
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 2, 2021
– Em cédula de papel, o Senado Federal elegeu o Senador Rodrigo Pacheco (57 votos de 81 possíveis) para presidir a Casa no biênio 2021/22 pic.twitter.com/ct8ZE5xmpE
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) February 1, 2021
Com as vitórias, o presidente Bolsonaro conseguiu um feito inédito em seu governo: eleger os presidentes das duas casas legislativas do Congresso Nacional. Antes, o mesmo havia conseguido eleger apenas o Senador Davi Alcolumbre. Agora, o presidente governará com a certeza de que um pedido de impeachment contra a sua pessoa dificilmente será aberto e que pautas governistas tendem a avançar com mais facilidade.
É importante destacar também que a disputa pela Câmara dos Deputados acentuou as diferenças na política lagartense. É que enquanto o deputado federal Fábio Reis (MDB-SE) apoiava o candidato emedebista Baleia Rossi, o seu adversário Gustinho Ribeiro (Solidariedade-SE), vice-líder do Governo Bolsonaro na Câmara, correu o Sergipe e o Brasil em prol do nome de Arthur Lira.
Além disso, o Governo Federal liberou R$ 3 bilhões em emendas para os parlamentares que votassem em favor do seu preferido para a Câmara dos Deputados. Ao final, após a debandada de alguns partidos, diferentemente das projeções iniciais, Arthur Lira acabou eleito 302 votos, contra os 145 obtidos pelo emedebista Baleia Rossi.
Já na disputa pelo comando do Senado Federal, chamou a atenção dos sergipanos a adesão do Partido dos Trabalhadores ao candidato apoiado pelo presidente Bolsonaro e a indicação do senador lagartense Rogério Carvalho (PT-SE), então líder do partido no Senado Federal, para ocupar a terceira secretaria da Casa Alta. Mesmo assim, Carvalho assegurou que o partido continuará sendo oposição ao Governo Federal e que não acredita que Pacheco avance com “pautas autoritárias” ou em favor “dos interesses de Bolsonaro”.