A prefeita de Lagarto, Hilda Ribeiro (SD), obteve uma importante vitória na Câmara de Vereadores do Município. É que no último dia 25, a Comissão Especial Processante aprovou, por unanimidade, um parecer favorável ao arquivamento de uma denúncia formulada contra ela, que foi acusada de cometer crime de responsabilidade e improbidade administrativa com recursos federais destinados à Secretaria Municipal de Saúde.
O parecer da Comissão Processante, formada pelos vereadores Jailton da Mercearia, Fábio Frank e JC, possui 13 laudas e faz uma análise rigorosa da denúncia e da defesa apresentada pela prefeita. No entanto, o que chamou a atenção foi a aprovação do parecer por unanimidade, quando o placar esperado era de 2 a 1, já que o vereador JC integra a bancada de oposição, a principal interessada no afastamento de Hilda do comando da Prefeitura de Lagarto.
Durante a sessão de votação do parecer dentro da comissão, JC explicou o seu posicionamento afirmando o seguinte: “Quem vai decidir é o plenário. Existem coisas que a gente não pode falar, mas se apertar eu falo. Foi esta Casa que eu precisei o ano passado, fui atrás de cada vereador e recebi o respaldo de todos da oposição naquele momento. Como no processo de pedalada, a decisão será em plenário, eu acompanhei o voto, porque de qualquer maneira dava 2 a 0 e o meu voto seria neutro”.
Após a argumentação, o voto de JC foi criticado. O presidente da Câmara de Lagarto, Eduardo de João Maratá, afirmou ter entendido o voto como uma resposta a um favor recebido por vereadores de situação ainda em 2019. “Eu não sei se entendi errado ou se foi o próprio vereador que se expressou errado. Eu imaginei que JC fosse dizer que o relator fez um relatório que realmente o convenceu de que não houve pedalada”, observou Maratá.
Em seguida, JC afirmou que seu voto foi dado por entender que ele não faria diferença. “O meu voto é um voto neutro. Mas vou repetir: Existem situações na política que as pessoas precisam entender. Eu não ando atrás de Hilda Ribeiro, atrás de liberação de uso e ocupação do solo e nem ninguém me ver na prefeitura. Eu não pego um telefone para pedir nada a ela. Agora existem coisas na política que a gente tem que discutir em outro local”, salientou o vereador oposicionista.
Com a decisão unânime, o parecer seguirá para a apreciação dos 17 vereadores em plenário. A data ainda será marcada e caso este seja rejeitado, a prefeita poderá perder o seu mandato. Entretanto, para aliados da prefeita, a decisão da comissão já serviu para mostrar que, em nenhum momento, foi praticada a famosa pedalada fiscal.