O novo coronavírus (covid-19) alterou a vida de milhares de pessoas e instituições em todo o mundo e no Asilo Santo Antônio, responsável por acolher 40 idosos com idades entre 65 e 80 anos, em Lagarto, não foi diferente. Por lá, a rotina foi completamente alterada e como resultado, o vírus acabou ficando do portão para fora, como explica a cuidadora Angélica Almeida.
“Graças a Deus, não tivemos nenhum tipo de problema com o vírus. Nenhum idoso foi infectado, mas todos já tomaram a vacina. Além disso, logo quando surgiu a pandemia, tomamos algumas medidas que ainda estão vigor: apenas a equipe médica está autorizada a entrar nas nossas dependências, enquanto as visitas estão suspensas há mais de um ano”, detalha.
E observa: “Mas nós sabemos que nossos idosos sentem saudades dos seus familiares, então decidimos fazer o seguinte: o familiar que vem visitar algum idoso fica do lado de fora do portão, enquanto o acolhido fica em uma saleta, mantendo uma distância mínima de um metro e meio e ambos utilizando máscaras. As únicas pessoas autorizadas a entrar são os médicos, enfermeiros e algum estagiário que venha com eles”.
Atualmente, o Asilo Santo Antônio possui sob sua tutela, 22 idosos e 18 idosas e como eles não dominam a tecnologia, a preferencia dos que fazem aquela casa é a realização de visitas presenciais. Mas como tem funcionado o acolhimento de novos idosos em tempos de pandemia? “Para que um novo idoso seja acolhido, ele deve chegar aqui com o resultado de um teste recente para covid-19 e mesmo assim ele é colocado em quarentena por alguns dias”, explica a cuidadora.
Asilo se mantém com menos doações
Antes da pandemia, o Asilo Santo Antônio costumava receber diversos eventos promovidos por setores da sociedade lagartense, que também contribuíam com doações visando a manutenção dos trabalhos ali desempenhados. No entanto, com o vírus e suas consequências, Angélica contou com a instituição tem se mantido com cada vez menos doações.
“Logo no começo da pandemia, o asilo recebeu muitas cestas básicas de muitas empresas da cidade. Algumas estavam enviando e agora parou. Não sei o porquê, mas acredito que seja porque as coisas estejam mais feias do que antes. Então estamos nos mantendo com a aposentadoria deles, fazendo o dinheiro de um dar para sustentar o outro. Até porque não são todos que têm aposentadoria e nem são todos que tomam remédio. Então fica um pelo outro. É difícil, mas tem que dar certo”, finaliza Almeida.