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CPI quer saber se presidente mandou adulterar estudo atribuído ao TCU

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPIPANDEMIA) realiza oitiva de médica infectologista e ex-secretária de enfrentamento à Covid do Ministério da Saúde. No início de maio, o nome da médica chegou a ser anunciado pelo ministro da Saúde, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois. O objetivo então, é saber as razões pela desistência de sua nomeação no Ministério da Saúde.

Mesa: 
presidente da CPIPANDEMIA, senador Omar Aziz (PSD-AM); 
relator da CPIPANDEMIA, senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou em entrevista coletiva nesta terça-feira (17) que os membros da comissão querem saber se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) solicitou alterações no “estudo paralelo” sobre super notificação de mortes por Covid-19.

“Gostaríamos de ter o esclarecimento do presidente da República de que essa alteração não ocorreu da lavra dele”, disse Randolfe.

A fala de Randolfe aconteceu após o término do depoimento do auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Alexandre Marques, que elaborou o “estudo paralelo” sobre as mortes por Covid-19. Durante sua oitiva, Marques afirmou que o documento mostrado pelo presidente foi alterado. 

“Se esse crime, e todos os elementos levam a isso, foi cometido pelo presidente da República, se circulou um documento com o timbre do TCU, sem ter nada a ver com o TCU, a não ser o estudo preliminar do servidor, isso incorre dois delitos: em crime comum, previsto no artigo 297 do Código Penal, e em crime de responsabilidade”, disse Randolfe.

O depoente afirmou ter ficado “indignado” com seu pai, que foi quem enviou o documento a Bolsonaro em 6 de junho. “O depoimento de hoje contribuiu. Um novo tipo penal que foi por nós encontrado e por nós caracterizado”, disse o vice-presidente da comissão.

Bolsonaro chegou a exibir o documento, que teria sido adulterado segundo Marques, durante conversa com apoiadores na manhã de 7 de junho e também durante transmissão ao vivo. Randolfe, no entanto, afirmou que o pai do auditor não será convocado para depor na CPI após Marques concordar em fornecer as informações sobre troca de mensagens entre ele e o pai. 

“Tendo essas informações, vamos à uma rápida cronoologia no intervalo de 31 de maio a 6 de junho. A coordenadora descartou a validade dos dados e, na sequência, ele conversa informalmente com o pai. E quem é que primeiro torna o documento público? O presidente, na segunda-feira, dia 7”, diz Randolfe.

“Os elementos nos levam a crer que a falsificação aconteceu ou na Presidência da República ou por parte do presidente. Talvez seja a única dúvida a se questionar. Não há necessidade da presença do pai do depoente de hoje.”

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