Um estudo elaborado pelo Laboratório de Economia Aplicada e Desenvolvimento Regional (Leader) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) prevê uma estabilização relacionada a epidemia do novo coronavírus em Sergipe a partir do final do mês de agosto.
O estudo, divulgado na última segunda-feira, 13, se baseia nos boletins epidemiológicos publicados entre os dias 1° de maio e 10 de julho pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), e projeta um crescimento estabilizado no número de casos de covid-19 entre os dias 27 de agosto e 8 de outubro. Já o pico da epidemia no estado deve ocorrer até o dia 26 de agosto.
Ainda de acordo com a pesquisa, o número de casos confirmados do novo coronavírus deve chegar a 47.600 até o dia 24 de julho, enquanto a previsão do número de óbitos para o mesmo período é de 1.321, no mínimo.
A taxa de contaminação da covid-19 no estado está em 1,14, segundo os pesquisadores. Ou seja, uma pessoa contaminada está sendo capaz de infectar, em média, 1,14 pessoas, afirma a professora de Economia Fernanda Esperidião. Ela ainda explica que para a pandemia começar a se estabilizar, é necessário que essa taxa de reprodução caia para menos de 1.
O professor de Economia, Fábio Moura, destaca que existe uma defasagem entre a infecção, o teste de confirmação e, consequentemente, a entrada do infectado no registro oficial. “É importante considerar as taxas de reprodução de, pelo menos, os últimos 10 dias para melhor tomada de decisão quanto às propostas de combate à pandemia”, considera.
Previsão do número de infectados em Sergipe
Ainda que estar entre as pessoas potencialmente suscetíveis a se contaminar pela doença, não signifique, necessariamente, ser infectado, os pesquisadores preveem que 121.963 pessoas podem vir a ser contaminadas em Sergipe.
Já a estimativa para o número de infectados ao final da epidemia no estado é de, aproximadamente, 78 mil pessoas, o que representa 63,77% da população suscetível.
“As previsões podem sofrer alterações, uma vez que dependem dos dados divulgados pela SES e essa, por sua vez, depende de kits para testagem, resultados enviados pela Fiocruz, decretos determinados pelo Estado, entre outros”, explica a pesquisadora.
Além de Fernanda Esperidião e Fábio Moura, a nota técnica é assinada pelos professores do Leader no Departamento de Economia da UFS, José Ricardo de Santana, José Roberto Lima Andrade, Luiz Carlos Ribeiro e Marco Antônio Jorge.
Com informações da Rádio UFS