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De último a quase pódio: o show de Hamilton no GP do Brasil

F1

Há corridas, na F1, em que o espetáculo maior não é proporcionado pelos três primeiros colocados, os que celebram a conquista no pódio, mas por outros pilotos. Por exemplo ao avançarem na classificação, com ultrapassagens seguidas, deixando o público em pé nas arquibancadas. Esse foi o caso do GP do Brasil disputado neste domingo em Interlagos.

Sebastian Vettel, da Ferrari, segundo no grid, largou melhor que Valtteri Bottas, Mercedes, o pole position, e recebeu a bandeirada em primeiro, com méritos. “Manobra decisiva”, disse depois. Bottas cruzou a linha de chegada apenas em segundo, 2s762 atrás, e Kimi Raikkonen, da Ferrari, terceiro no grid, terminou na mesma colocação.

Mas quem concentrou a maior parte das atenções do ótimo público de quase 70 mil torcedores no autódromo (141.218 nos três dias de competição), e possivelmente de milhões de telespectadores, foi o campeão do mundo este ano, Lewis Hamilton, da Mercedes, quarto título da extraordinária carreira.

O piloto inglês largou dos boxes, por ter errado e batido na sessão de classificação, sábado, a Mercedes aproveitar para substituir a unidade motriz, e cruzou a linha de chegada, ao final da 71ª volta, em quarto, apenas 5s486 depois de Vettel, a 868 milésimos de Raikkonen e a 2s706 de Bottas. Sem que o safety car, acionado da primeira a quinta volta, tenha sido decisivo na sua evolução.

Vale muito a pena acompanhar, em detalhes, a performance, em Interlagos, desse piloto que lidera o ranking de pole positons da F1, com 72, e está em segundo em número de vitórias: tem 62 e Michael Schumacher, primeiro, 91.

O sinal verde na saída dos boxes só foi aceso depois de o 19º colocado passar pela mesma saída dos boxes, pela pista. Só então Hamilton, 20º, pôde iniciar sua corrida. O seu engenheiro, Peter Bonnington, e o estrategista da Mercedes, James Vowles, junto com o piloto, optaram por começar o GP Brasil com pneus macios. Os dez primeiros tinham supermacios. A Pirelli distribuiu os pneus médios também.

Ainda na Curva do Sol, depois do S do Senna, após a largada, uma colisão entre Kevin Magnussen, da Haas, o belga Stoffel Vandoorne, McLaren, e Daniel Ricciardo, RBR, bem como outro choque, no Laranjinha, entre Esteban Ocon, Force India, e Roman Grosjean, Haas, alterou a classificação da prova.

Magnussen, Vandoorne e Ocon tiveram de abandonar. Ricciardo foi para os boxes, para substituir os pneus, danificados na batida.

O safety car entrou na pista. Com o abandono dos três pilotos e o pit stop de Ricciardo, Hamilton pulou de 20º para 16º. Na 2ª volta, com o safety car, Pascal Wehrlein, da Sauber, e Grosjean também fizeram um pit stop cedo. Hamilton ganhou mais duas colocações. Passou de 16º para 14º.

No fim da 5ª volta, o safety car entrou nos boxes, liberando a corrida. Os seis primeiros eram estes: 1º Vettel, 2º Bottas, 3º Raikkonen, 4º Max Verstappen (RBR), 5º Felipe Massa (Williams), 6º Fernando Alonso (McLaren). Hamilton, o 14º.

Ultrapassou um ou dois adversários por volta

Na 6ª volta Hamilton ultrapassa o neozelandês Brendon Hartley, da STR, para ser 13º. Na 7ª, Hamilton ultrapassa Lance Stroll, da Williams, e Marcus Ericsson, da Sauber, para ser 11º. Na 8ª, o piloto da Mercedes deixa para trás Pierre Gasly, da STR, e é décimo. Na 9ª, é a vez de Carlos Sainz Junior, da Renault, nono. Na 11ª, a de Nico Hulkenberg, também da Renault, oitavo. Na 14ª volta Hamilton ultrapassa Sérgio Perez, da Force India, e passa a ocupar o sétimo lugar.

 
Hamilton passa batido por Pérez e atinge a 7ª posição no GP do Brasil

Hamilton passa batido por Pérez e atinge a 7ª posição no GP do Brasil

 

A série de ultrapassagens prosseguiu na 20ª volta. Hamilton ganhou o sexto lugar de Alonso e na 21ª o quinto de Massa. Não perca as contas.

 
 
Massa também não aguenta a pressão do tetracampeão

Massa também não aguenta a pressão do tetracampeão

Na 27ª volta, Bottas, segundo, faz seu pit stop e, como os demais que estavam na frente, trocam os pneus supermacios pelos macios. Na 28ª volta, Vettel, líder, e Max, quarto, realizam sua parada, enquanto Raikkonen o faz na 29ª volta. Com Vettel, primeiro, Bottas, segundo, Raikkonen, terceiro, e Max, quarto, fazendo o pit stop, Hamilton avançou de quinto para primeiro.

 
Inglês alcança a liderança da prova

Inglês alcança a liderança da prova

Só lembrando: Hamilton largou com pneus macios, o que lhe daria maior autonomia, mas um pouco menos de velocidade, ao menos supostamente. Sua estratégia era oposta a dos primeiros colocados, pois faria a segunda parte da corrida com os pneus supermacios, mais rápidos, enquanto eles estariam com os macios.

 

Como mencionado, Hamilton assumiu o primeiro lugar na 29ª volta, depois de Vettel, Bottas, Raikkonen e Max irem para sua parada.

Na 43ª volta, Hamilton vai para os boxes. Os quatro o passam. Na 44ª volta, a ordem fica sendo esta: Vettel, líder, 2s571 na frente de Bottas que, por sua vez, tem uma vantagem de 1s737 para Raikkonen, 3s286 na frente de Max. Nessa volta, a 44ª, a primeira depois do seu pit stop, Hamilton se encontrava em quinto, a 10s729 de Max, quarto.

 
 
Lewis vai aos boxes efetuar a troca de pneus

Lewis vai aos boxes efetuar a troca de pneus

O piloto da Mercedes se aproveita de ter o carro mais rápido da prova, com pneus supermacios novos, e impõe uma série de voltas com tempos sensacionais, tanto que na 57ª volta já está a 965 milésimos de Max, podendo, portanto, usar o DRS, ou flap móvel, para ganhar o quarto lugar do holandês. A ultrapassagem acontece na 59ª volta, na Reta Oposta.

Hamilton agora é quarto, restam 22 voltas para o fim da corrida, e Raikkonen, terceiro, está 4s871 na frente.

O que é impressionante é que mesmo tendo largado dos boxes e até a 43ª volta Hamilton estar com pneus macios, menos rápidos que os supermacios dos líderes, quando deixou Max para trás para ser quarto, na 59ª volta, Vettel, primeiro, tinha somente 9s669 de vantagem. Mesmo tendo de negociar cada ultrapassagem, Hamilton evoluía mais.

 
Mercedes #44 avança para cima de Max Verstappen

Mercedes #44 avança para cima de Max Verstappen

O show do piloto inglês é total. Nas três voltas seguintes estabelece as melhores voltas da prova, até então. Isso o aproxima de Raikkonen na luta pelo terceiro lugar, portanto o pódio.

Na 66ª volta, Hamilton está a 556 milésimos do finlandês da Ferrari, o que o deixa na condição de poder usar o DRS para tentar a ultrapassagem. Mas, nessa mesma volta, atrasa demais a freada no S do Senna e arrasta o pneu dianteiro direito, comprometendo-o um pouco. A diferença sobe para 718 milésimos na 67ª volta e 831 milésimos na 68ª.

 
Vida dura para os pneus em Interlagos! Bolhas castigam carro de Hamilton

Vida dura para os pneus em Interlagos! Bolhas castigam carro de Hamilton

Na 69ª, a duas da bandeirada, Hamilton consegue outra grande volta e cruza a linha de chegada apenas 509 milésimos atrás de Raikkonen. Ambos vão para a última volta. Vettel segue líder, 2s459 na frente de Bottas, segundo, 2s303 na frente de Raikkonen.

 

Os pneus supermacios de Hamilton já não suportam o elevado nível de solicitação imposto desde a saída dos boxes, na 43ª volta. Não resta outra opção a Hamilton a não ser se contentar com o excepcional quarto lugar. Recebe a bandeirada 868 milésimos depois de Raikkonen.

 
Britânico cruza a linha de chegada próximo de Raikkonen

Britânico cruza a linha de chegada próximo de Raikkonen

A diferença de Hamilton para o vencedor, Vettel, na chegada, 5s468, e 2s706 de Bottas, atestam o ritmo velocíssimo adotado do início ao fim da corrida.

Foi muito divertido

 

Lewis acredita que teria feito a pole se não tivesse batido no classificatório (Foto: Getty Images)

Lewis acredita que teria feito a pole se não tivesse batido no classificatório (Foto: Getty Images)

No GP do México, há duas semanas, Hamilton precisou parar nos boxes no fim da primeira volta por causa de um toque de Vettel no seu pneu traseiro direito. O alemão da Ferrari necessitou do pit stop também para substituir o aerofólio dianteiro. Dessa forma, Hamilton terminou a prova no Circuito Hermanos Rodriguez em nono e Vettel, quarto. Essa combinação de resultados garantiu a conquista do quarto título mundial de Hamilton.

 

O inglês comentou: “Não é a melhor maneira de celebrar a vitória no campeonato mas, claro, é bem vinda”.

Neste domingo, em Interlagos, Hamilton comentou também seu desempenho, queria o pódio a todo custo: “Fui o mais rápido durante todo o fim de semana. Provavelmente faria a pole e seguiria em primeiro até a bandeirada. Mas o que aconteceu (bater na classificação) tornou a corrida mais divertida para mim. Na sexta-feira, na simulação de corrida, com os pneus macios, eu era meio segundo mais rápido que todos, e isso com o motor já bem usado.”

A respeito da luta com Raikkonen para coroar a belíssima apresentação com o pódio, Hamilton explicou: “Foi uma pena eu não ter mais pneus no final”.

A vitória de Vettel quase garante ao alemão o legítimo título de vice-campeão do mundo. Depois de 19 etapas ele soma 302 pontos, diante de 280 de Bottas. São 22 pontos de diferença. Para Bottas ser vice terá de vencer o GP de Abu Dhabi, último do calendário, dia 26, no Circuito Yas Marina, e torcer para Vettel ser no máximo nono. Com os 12 pontos do GP do Brasil, Hamilton chegou a 345.

Fonte: Globo Esporte

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