No próximo domingo (11), comemora-se o dia dos pais, e assim como nas demais datas comemorativas, espera-se um crescimento em relação às vendas e consumo. Segundo o empresário e tesoureiro da Câmara de Dirigentes Lojistas de Lagarto (CDL), Genildo Souza Cruz, o popular Nininho da Bolo Bom, há uma boa perspectiva em relação ao comercio.
“Claro que há tem um aquecimento, em torno de 30% a 40%, mas não tão grande quando comparado ao dia das mães em que as vendas costumam dobrar”. Segundo ele, a diferença se deve ao fato do dia das mães ser um dia atípico e muito comercial.
A resposta foi a mesma que obtivemos entrevistando comerciantes do município. Jane Bispo, que atua no setor de cobranças de um estabelecimento comercial voltado a venda de calçados, também confirmou haver um crescimento de vendas no dia dos pais, mas não tão grande. “Eu acho que é algo cultural, as pessoas costumam valorizar mais as mães”.
Gerente de uma loja de roupas e calçados, Ediclecia Oliveira afirma que os produtos mais comprados nessa data, segundo pode observar, são roupas, calçados e carteiras, mas também não espera um aumento muito grande nas vendas.
Da mesma maneira, Dilmara Denise, vendedora de uma loja voltada ao público masculino diz que as expectativas são de que este ano as vendas sejam superiores as de 2018, apesar de não acreditar muito nisso, já que, segundo ela, a crise econômica pode atrapalhar os negócios.
Expectativas
Entretanto, números recentes revelam uma maior popularização daquela que seria o “patinho feio” das datas comemorativas, conhecida também por não injetar cifras tão expressivas no mercado quanto o Dia das Mães, o Dia dos Namorados e o Natal.
Segundo dados do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, em 2018, o Dia dos Pais teve seu melhor desempenho dos últimos seis anos. Foi um aumento de 3,9% nas vendas durante a semana que antecedeu a data.
Já o levantamento realizado este ano pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostra que nas 27 capitais do país, 67% dos consumidores pretendem ir às compras por conta do Dia dos Pais. Isso representa um aumento de 6% em relação a 2018 e na prática, significa que, aproximadamente 105 milhões de brasileiros devem presentear seus entes queridos.
Por aqui, a FCDL/Sergipe constatou um aumento de oito mil consultas em seu banco de dados em julho, se comparado ao mês de junho deste ano. Entretanto, a alta não está prevista apenas em relação ao número de clientes, já que estes também pretendem gastar mais. Alguns entrevistados disseram que planejam desembolsar, em média, cerca de R$ 189,98, ou seja, R$ 41,00 a mais do que em 2018, gerando no comércio um movimento de cerca de R$ 20 bilhões.
Entretanto, a maior parte (43%) deve comprar apenas um presente e apenas 26% devem gastar mais para agradar o pai. Destes, 43% querem adquirir presentes melhores e 28%, aproveitar o aumento do seu salário.
Itens mais procurados
Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (52%), seguidas de perfumes e cosméticos (36%), calçados (30%) e acessórios (26%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio, corroborando a observação
Os principais fatores que influenciam os consumidores na escolha do local de compra são o preço (52%), a qualidade dos produtos (40%), os descontos e promoções (40%) e a diversidade de produtos (29%). Quatro em cada dez (38%) consumidores pretendem realizar suas compras nos shoppings. Enquanto isso, 27% planejam adquirir os produtos na internet, 19% em shoppings populares e 17% em lojas de bairro.
Metodologia
A pesquisa ouviu, em um primeiro levantamento, 1.148 consumidores de ambos os sexos, todas as classes sociais e acima de 18 anos nas 27 capitais para identificar o percentual de pessoas com intenção de comprar presentes para o Dia dos Pais. Em seguida, continuaram a responder o questionário os 805 consumidores que tinham intenção de compra. A margem de erro é de 3,4 pontos percentuais para mais ou para menos no primeiro caso e 2,9 no segundo. O nível de confiança é de 95%.
Com informações da CNDL/SPC Brasil e CDL Aracaju
