PUBLICIDADE

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
post
page

PUBLICIDADE

Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
post
page
Publicidade

Do plantio à garrafa: entenda o processo artesanal de produção de vinho na Itália

produção artesanal de vinho

Uma das bebidas mais antigas e apreciadas em todo o mundo, sem dúvida alguma, é o vinho. As primeiras videiras utilizadas no seu cultivo apareceram na Itália, por volta do século 2 a.C., e, até hoje, o país é considerado como um dos maiores produtores mundiais de vinho.

Apesar das novas tecnologias e exigências no que diz respeito à produção dessa bebida, muitas das antigas tradições se mantêm. Em muitos lugares, ainda se preserva o modo original de como é feito o vinho, resultando em um sabor único.

Por conta disso, a Itália continua sendo conhecida como Enotria, A Terra do Vinho, sendo a maior exportadora de vinhos da Europa.

Origem e mitologia

Dentro da civilização romana, um dos deuses cultuados era o Baco, também conhecido como Dionísio na mitologia grega, considerado como protetor das videiras e do vinho. Baco seria fruto do relacionamento entre Zeus, Pai de todos os deuses, com uma mortal, Sêmele. 

Sua figura está muito ligada à ideia de festividade, excessos, boêmia e erotismo. É dele que surge o termo “bacanal”, usado, inicialmente, pelos seguidores de Baco para indicar suas festas regadas a vinho e muita liberdade sexual.

Itália: A Terra dos vinhos

Como já foi dito, a difusão do cultivo de videiras na Itália se inicia no segundo século antes de Cristo, em grande parte por conta das relações comerciais entre Grécia e Oriente Médio. Mas é com o surgimento da Roma Antiga que a produção de vinhos torna-se uma verdadeira arte.

Porém, com a queda do Império Romano, o vinho italiano passa por uma série de dificuldades. É por conta dos monges Beneditinos que a bebida não desapareceu na Europa. Esses monges da Igreja Católica acabaram por espalhar os conhecimentos sobre a produção da bebida pelo Velho Continente.

Durante o Renascimento, o vinho volta a ter o seu valor, sendo fonte de riqueza para o comércio internacional. É nesse momento também que novas variedades da bebida vão aparecendo, tais como Montalcino e San Giminiano.

Em 1716, são consolidadas as primeiras regras para a produção de vinho, sendo apenas em 1900 que a vinicultura italiana ganha novos ares e destaque internacional.

Como são feitos os vinhos?

A produção de um bom vinho começa pela sua colheita ou vindima, como é conhecida a etapa de retirada dos cachos de uva. Um ponto importante é que a vindima deve ser feita no tempo certo, para que se consiga alcançar uma concentração balanceada de álcool, açúcar e acidez.

Na produção artesanal, os cachos são colhidos com todo cuidado, cortados um a um com tesouras. Depois, as frutas são levadas para um lugar denominado cantina, uma espécie de galpão onde são fabricados e conservados os vinhos.

A próxima etapa consiste na remoção das uvas dos cachos, denominados de engaços. Sua remoção adequada é essencial, já que é essa parte que gera um amargor indesejável à bebida, caso não seja devidamente realizada.

O próximo passo é o esmagamento das uvas. Tradicionalmente, esse processo é feito em tanques de madeira (lagar), sendo realizado principalmente pelas mulheres, que vão pisotear as frutas, enquanto entoam cantos típicos italianos, em uma verdadeira festa.

Desse esmagamento é que surge o chamado mosto, mistura da casca, da polpa e das sementes das uvas. No caso dos vinhos brancos, a etapa seguinte é de prensar o mosto, separando a casca e as sementes do suco. Nos vinhos tinto e rosé, essa etapa não é necessária.

A etapa seguinte é a de fermentação, quando o álcool é produzido, gerando assim o que conhecemos como vinho. Para tanto, ao mosto são adicionadas leveduras, microorganismos que vão transformar o açúcar contido no líquido em álcool e gás carbônico. 

No caso dos vinhos tintos, o próximo passo é levá-los para barris de madeira, onde poderão concluir seu processo de maturação.

Já transformado em vinho, o mosto passa pelo processo de descuba, isto é, a drenagem da parte sólida da parte líquida. Depois disso, é feita a sangria, momento em que o vinho é retirado e levado para a prensagem. Em seguida, é realizada a filtragem do vinho tornando-o brilhante e cristalino.

Uma etapa que também é essencial para a maioria dos vinhos tintos é a de envelhecimento, que consiste na passagem de oxigênio através da madeira dos barris de carvalho e que faz com que o vinho ganhe complexidade em cor, sabor e aroma. Por fim, o vinho é devidamente engarrafado e rotulado.

É por meio de todo esse processo que surge essa bebida tão apreciada e respeitada no mundo inteiro: o vinho italiano.

Publicidade
Publicidade