No mesmo dia em que o governador Belivaldo Chagas (PSD) decretou estado de calamidade pública em todo o Sergipe, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), entidades do setor produtivo sergipano entregaram ofícios à Prefeitura Municipal de Aracaju e ao Governo do Estado solicitando a reabertura do comércio.
A categoria entende que o comércio pode retomar a sua normalidade desde que as autoridades determinem algumas obrigações, leia-se boas práticas sanitária e de saúde, que as empresas tenham que cumprir para evitar o contágio e ao mesmo tempo devolver a rotina a toda a população.
Por isso, entre as medidas sugeridas pelo setor produtivo sergipano estão o controle de acesso do público dentro das lojas para evitar a aglomeração, o uso de EPI’s para os vendedores e atendentes e álcool 70% nas dependências dos estabelecimentos, além da demarcação do distanciamento mínimo nas filas de caixa, entre outras. Enquanto a Prefeitura teria outras responsabilidades, entre elas, a fiscalização das normas e também a higienização de ruas e do Calçadão.
Os documentos foram assinados pela Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), Federação de Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio/SE), Câmara dos Dirigentes Lojistas de Aracaju (CDL), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Sergipe (Abrasel/SE) e Associação Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas (Aseopp).
Para Marco Pinheiro, presidente da Acese, a ideia é promover uma reabertura gradual para autônomos, profissionais liberais e o comércio de rua nas áreas de saúde, clínicas, assistência técnica, higiene pessoal. A partir daí, será feita uma avaliação do comportamento do público e do comércio. Entretanto, nem o Governo do Estado e nem a Prefeitura de Aracaju se pronunciaram sobre o assunto.
Cabe destacar que o presidente do CDL Lagarto, Charles Brício, em recente entrevista ao Portal Lagartense, destacou que o Covid-19 já causou grandes prejuízos na economia local. No entanto, assim como os órgãos acima mencionados, ele observou que a reabertura não pode ocorrer desconsiderando as medidas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde, pelo Ministério da Saúde e pelas secretarias de Estado e Municipal de Saúde.
Relembre: Charles Brício: O prejuízo causado em Lagarto pelo coronavírus é incalculável