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Especialista em Gestão Escolar fala sobre estratégias para o avanço da educação no pós-pandemia

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Por João Paulo Mendes, especialista em Gestão Escolar e ex-diretor da Rede Municipal de Ensino de Lagarto

Sabe-se que este é um assunto urgente, e após a pandemia, tivemos um aumento de crianças entre 6 – 7 anos de idade que não aprenderam a ler, afetando diretamente crianças mais pobres e pretas.

Dentro desse contexto, o ensino fundamental também apresentou um número grande de alunos do 6º ao 9º ano que ainda não estão alfabetizados. Os dados confirmam que a pandemia agravou muito a desigualdade educacional no país.

Agora, o momento é de reconstrução da educação brasileira e não se trata apenas só de recuperar aquilo que não foi corretamente aprendido. Grande parte dos estudantes se quer aprenderam os conteúdos previstos para os anos de 2020 e 2021. A situação é emergencial e requer uma ação rápida, com estratégias para, mais do que recuperar, potencializar a aprendizagem dos estudantes.

Atualmente, o CAED é o melhor instrumento, porque já faz esse diálogo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O que precisamos é identificar o que cada estudante conseguiu aprender e o que não conseguiu, bem como, saber se as redes de ensino conseguiram fazer uma boa análise deste resultado.

A partir de então, é preciso que haja uma organização entre os gestores escolares educacionais, diretores e coordenadores pedagógicos para que consigam mapear a aprendizagem de cada turma. E eles precisam andar de mãos dadas com os professores para elaborar um plano de trabalho – desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio.

Para recompor a aprendizagem dos alunos é preciso diagnóstico, priorização das habilidades da BNCC e formação dos professores e gestores.

Após o diagnóstico, o próximo passo é fazer a flexibilização curricular. É preciso entender e se debruçar sobre as habilidades prioritárias da BNCC. Elas são os conhecimentos necessários para o pleno desenvolvimento das competências. Em outras palavras, ao desenvolver uma competência, estamos mobilizando várias habilidades que juntas proporcionam o domínio em determinado contexto. Sendo assim, algumas habilidades previstas para que um aluno do 2º ano se desenvolva são extremamente importantes para o aprendizado do 3º ano deste estudante, por exemplo.

Em sala de aula, o professor vai ter que lidar com diferentes níveis de conhecimento de cada aluno. Vai precisar de muito trabalho do professor para entender e mapear o nível de conhecimento dos alunos. Por isso, a importância da reorganização do tempo escolar e da reestruturação do ensino.

O professor tem um desafio enorme. Ele tem que estar de olho nas atividades dos anos anteriores que não foram consolidadas, naquelas do ano letivo atual e naquilo que terá que ser consolidado até o final do ano. Isso requer muito conhecimento e trabalho técnico. Trabalhar com projetos que envolvam metodologias ativas de aprendizagem, como sala de aula invertida, por exemplo, pode ser uma ótima solução. A formação continuada dos professores é imprescindível.

Precisamos nos comprometer com a Educação, Articulação com comunidade escolar, movimentos sociais, gestores públicos, empresas e terceiro setor.

Uma aliança estratégica de parceiros unem esforços a partir da mobilização institucional para causas relevantes na agenda educacional brasileira.

Por fim, o ano de 2022, deve ser o foco da mobilização, no acompanhamento das medidas para mitigação dos efeitos da pandemia no sistema educacional brasileiro.

 

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