O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do massacre em Las Vegas (EUA) na noite deste domingo (horário local). No entanto, o FBI, a polícia federal americana, diz que não foi encontrada nenhuma evidência de conexão do atirador Stephen Paddock com grupos terroristas internacionais. De acordo com o SITE Intel Group, que monitora sites jihadistas, a reivindicação foi anunciada pela agência Amaq News, ligada ao EI.
Com 59 mortos e mais de 500 feridos, o ataque a tiros é considerado o mais letal da história dos Estados Unidos.
A polícia de Las Vegas também não confirmou ligação do atirador com grupo terrorista. Em coletiva de imprensa mais cedo, o xerife da polícia de Las Vegas, Joseph Lombardo, disse acreditar que não se tratava de um ataque terrorista. “Não, não. Neste momento acreditamos que foi um morador local”, disse. O xerife chamou o atirador de “lobo solitário”.
De acordo com a Amaq News, o atirador de Las Vegas teria se convertido ao islamismo meses atrás. Ainda não surgiram evidências a respeito. O atirador foi identificado como Stephen Paddock, de 64 anos, morador de Mesquite, em Nevada.
Em comunicado, o grupo identificou o atirador como Abu Abdul Barr al-Amriki, de acordo com o SITE Intel Group.
Ele disparou do 32º andar do Mandalay Bay, um famoso cassino e resort da cidade, contra uma multidão que participava de um festival de música. A polícia encontrou Paddock morto no quarto do hotel, ao lado de ao menos 10 armas.
A diretora do SITE, Rita Katz, diz que o grupo precisaria apresentar evidências de sua ligação com o ataque, considerando o que se sabe até o momento sobre o atirador. “Dado o que se sabe sobre o atirador Stephen Paddock, o Estado Islâmico precisa de evidências. Caso contrário, pode fazer com que o Estado Islâmico pareça (mais) desesperado por reivindicações”.
Em maio deste ano, a Fox News divulgou um vídeo do EI em que o grupo incentivava americanos a promover ataques no país. O vídeo mostrava imagens de várias cidades americanas, entre elas las Vegas.