Na última quarta-feira (20), o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marum, disse, um dia antes, ao governador Jackson Barreto (MDB), que o financiamento de R$ 560 milhões, junto à Caixa Econômica Federal, pleiteado pelo Estado de Sergipe, só seria assinado com os votos de parte da bancada na Câmara a favor da Reforma da Previdência.
O presidente Michel Temer, do mesmo partido do governador, quer os votos dos deputados Adelson Barreto (PR), Fábio Mitidieri (PSD), Laércio Oliveira (SD) e Jony Marcos (PRB).
Ontem, o governador declarou à imprensa que Marum havia dito que o contrato com a Caixa seria assinado na próxima semana na presença de Temer. À imprensa sergipana, o governador preferiu não falar sobre o que ouviu do ministo.
Nesta sexta-feira, 22, O Estado de São Paulo, um dos principais jornais do País, confirmou a informação divulgada na última quarta-feira.
Veja o que informa a Coluna do Estadão:
Novo ministro da articulação política, Carlos Marun adotou o estilo trator para conseguir adesão de deputados à reforma da Previdência. Ele levantou todos os pedidos de empréstimos protocolados na Caixa por Estados, capitais e outras grandes cidades e condicionou a assinatura dos contratos à entrega de votos pelos governadores e prefeitos, que exercem influência sobre os parlamentares. O primeiro a sofrer pressão foi o governador de Sergipe, Jackson Barreto (PMDB), que deixou o Planalto na última quarta-feira reclamando.
O governador de Sergipe disse à Coluna que saiu chocado da reunião. “Marun me falou que há vários contratos com a Caixa, mas o governo só vai liberar após a votação da reforma. Achei uma coisa fora de propósito. Me deixou frustrado”, disse.
Sergipe tenta um empréstimo de R$ 560 milhões com a Caixa para a recuperação de rodovias. Se o dinheiro sair só em fevereiro, após a votação da reforma, vai coincidir com o início das chuvas no Nordeste, em março, o que inviabiliza as obras.
Fonte: NE Notícias