O dia 8 de setembro é lembrado no calendário como o Dia Mundial da Fisioterapia, uma data para sensibilizar a população sobre a importância dessa reabilitação que consiste em tratar uma lesão instalada ou problemas ortopédicos, garantindo a todos uma boa recuperação dos movimentos.
O Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), unidade gerenciada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), conta com um serviço atuante com mais de 100 profissionais fisioterapeutas trabalhando para garantir o bem-estar do paciente, pois, é esse profissional que desenvolve a sua capacidade física.
Para o Referência Técnica em fisioterapia do Huse, Márcio José Araújo, a demanda de atendimento ao paciente internado é diária, onde todos são atendidos e sem fila de espera. Ele explica que os profissionais atuam na unidade, entre celetistas e estatutários, atendem em área fechada, que são as críticas e os internamentos adulto e pediátrico, de acordo com a orientação médica.
“Eles são divididos por alas e cada profissional é responsável por uma ou mais alas dependendo da demanda. No internamento o médico solicita a avaliação e a gente decide se vai ser acompanhado ou só orientado, além da orientação para alta hospitalar, tanto o encaminhamento ambulatorial, como orientações previstas para uso de cadeira de rodas, muletas, entre outros. O serviço é atuante e temos uma demanda muito boa, onde todos são atendidos e sem fila de espera, com isso, a questão de sequela é bem menor devido a atuação da fisioterapia”, explicou.
Além da fisioterapia aplicada para os pacientes internados, o Huse também cuida do cuidador e oferece saúde para o trabalhador. Uma delas é a ginástica laboral que serve para prevenir lesões relacionadas à postura incorreta na estação de trabalho, sedentarismo, estresse, além de impactos físicos que são minimizados com a prática das atividades laborais. Por isso, 15 minutos de exercícios fazem toda a diferença ao longo do dia. A fisioterapeuta Débora Ramos, destaca os benefícios e a importância dessas atividades para o trabalhador.
“Com essa prevenção a gente pode melhorar a qualidade de vida do trabalhador aqui no Huse, a gente realiza dinâmicas, orientações posturais para prevenir essas lesões. São três vezes por semana em cada setor, num tempo de 10 a 15 minutos. Eles se sentem muito bem e ficam mais dispostos no decorrer das suas atividades. Eu busco sempre melhorar a qualidade de vida e a prevenção das doenças ocupacionais desses trabalhadores”, pontuou a fisioterapeuta.
Já a Reeducação Postural Global (RPG) tem o objetivo de fortalecer os músculos e ajudar a melhorar a saúde do trabalhador que realiza algum esforço durante a jornada de trabalho. A fisioterapeuta Susane Paranhos, destaca que o programa de saúde do trabalhador no Huse é importante e só tenho que parabenizar a gestão pelo incentivo em cuidar do cuidador.
“É fundamental que se pense no trabalhador como colaborador, pois, é quem faz o hospital funcionar. Todas as categorias são importantes e saber valorizar o funcionário ele vai trabalhar de outra forma, porque está feliz e valorizado. Eu enxergo como uma necessidade e eu posso ajudar. Os casos mais frequentes que chegam são queixas de cervicalgia e lombalgia. É uma dor incapacitante para muitos trabalhadores, pois, na maioria das vezes lidam com o peso do paciente, além da má postura e muito tempo sentado em frente a computadores. Outros, são por bursite, tendinite e problemas de coluna”, enfatizou Susane Paranhos.
A auxiliar de enfermagem, Adlene dos Santos, é funcionária do hospital e relata os benefícios trazidos para a sua vida pela ginástica laboral e a RPG praticadas por ela no Huse.
“A fisioterapia me ajudou e muito, eu fui sequelada de um grave acidente de moto com diversas fraturas e em especial na cervical, quando retornei ao trabalho, um ano depois de afastamento a minha postura já não era normal, fiz fisioterapia, faço ginástica laboral e fiz RPG que me ajudou muito. Fiz anos esse tratamento e o beneficio para o profissional é muito grande, sem contar que fiz aqui mesmo no hospital, reservava um momento do horário de trabalho e era atendida, até em caso de crise”, relatou.
Fonte: SES