Devido a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19) e a paralisação da maioria das atividades econômicas, o Governo Federal anunciou uma linha de crédito emergencial para ajudar as pequenas e médias empresas a quitarem sua folha de pagamentos. A estimativa oficial é liberar R$ 40 bilhões e beneficiar 1,4 milhão de empresas e 12,2 milhões de trabalhadores.
Para obter a linha de crédito, a empresa terá que possuir um faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões. Já o financiamento será para as folhas de pagamentos de dois meses, sendo este limitado a até dois salários mínimos. Ou seja, se o trabalhador ganha mais de dois salários mínimos, a empresa terá que complementar o salário.
Além disso, ao contratar o crédito, a empresa terá que assumir o compromisso de não demitir o funcionário nesse período de dois meses. Com isso, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, informou que o dinheiro vai direto para o funcionário, ficando a empresa apenas com a dívida, que terá uma carência de seis meses, podendo ser parcelada em até 36 meses. A taxa de juros será de 3,75% ao ano (atual taxa Selic).
Apesar do anúncio, o presidente do Banco Central informou que a linha de crédito estará disponível em até duas semanas. “Quarenta e cinco por cento do custo de uma pequena e média empresa é folha de pagamento, normalmente em torno 20% ao ano. Temos que atravessar este período garantindo emprego para os trabalhadores”, afirmou.
Caixa reduzirá seus juros
Ainda durante o anúncio, ocorrido no Palácio do Planalto, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, lembrou que o banco já injetou R$ 111 bilhões em recursos, dos quais R$ 20 bilhões foram para ajudar os clientes a enfrentar a crise provocada pelo Coronavírus. “Vamos continuar reduzindo juros, aumentando prazos para pagamento e dando liquidez para a economia”, disse Guimarães.
De acordo com Guimarães, a Caixa também vai operacionalizar o pagamento do auxílio emergencial de três meses, no valor de R$ 600, destinado aos trabalhadores autônomos, informais e sem renda fixa durante a crise provocada pela pandemia de coronavírus. Entretanto, antes de iniciar o pagamento, a medida precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional. Um decreto presidencial também será editado para regulamentar a operação.