Na noite da última terça-feira, 08, o jornalista Emerson da Silva Carvalho, de 82 anos, faleceu de causas naturais. Filho do ex-vice prefeito de Lagarto e intelectual José Vicente de Carvalho, ele foi professor, jornalista, radialista, desportista e um dos fundadores da Academia Lagartense de Letras.
Conforme informações da página Lagarto que tem e que já teve, Emerson iniciou sua carreira jornalístico-desportiva no jornal A Voz de Lagarto (1957), com a finalidade de cobrir a sessão esportiva. 10 anos depois, filia-se à Associação Sergipana de Imprensa, onde foi sócio benfeitor, remido, efetivo e benemérito.
Ele também colaborou em todos os jornais que circularam em Lagarto, com destaque para as suas atuações na Folha de Lagarto e no Sergipe Hoje. Além disso, escreveu sobre sobre a sociedade lagartense nos bailes, carnavais e outras ocasiões festivas e familiares, sem contar que comandou por 20 anos, o “Retreta na Progresso AM” e, por último, um dominical de canções antigas na Juventude FM.
Emerson Carvalho ainda foi professor do extinto Centro Educacional N S da Salete; Laudelino Freire e do CNSP. Na rede pública estadual, começou a lecionar em 1979, no Sílvio Romero, escola da qual foi vice-diretor na década de 80. Em mais de 30 anos dedicados à educação, suas qualidades como educador tornaram-no um marco que até hoje perdura.
A biblioteca viva
Em sua trajetória, Emerson Carvalho ficou conhecido como uma biblioteca viva, devido ao seu vasto acervo de livros e jornais lagartenses que passou a colecionar desde os anos 50. Amante dos estudos, ele possuía vasto conhecimento no inglês e francês, além de ser um incentivador das novas gerações que ingressavam na imprensa escrita de sua terra.
Entre os cidadãos que ele incentivou, está o professor e historiador Claudefranklin Monteiro, o qual fez questão de publicar a importância de Emerson em sua vida. “Sou muito grato ao nosso eterno theacher. Ele foi um grande incentivador de meu trabalho. Há 25 anos, a seu convite, tornei-me articulista do jornal Folha de Lagarto, iniciando minha jornada de historiador e de escritor. Também por meio dele, militei alguns anos no rádio, onde ele foi um grande nome, sobretudo com os programas Retreta na Progresso e Retreta na Juventude. Descanse em paz, Tanque de Guerra”, escreveu.