Depois de vencer um câncer no intestino e retornar de uma viagem, o ex-delegado da Polícia Federal e ex-secretário de Estado da Segurança Pública de Sergipe, Kércio Pinto, concedeu uma entrevista ao Portal Lagartense. Na pauta estava as eleições municipais de 2020 em Lagarto, onde o mesmo está cotado para ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo empresário Nininho da Bolo Bom (Cidadania).
Por isso, na oportunidade, ele disse que foi convidado pelo PV, PTB e PSL para ser o candidato a prefeito, mas que recusou por motivos de saúde. No entanto, depois de muita insistência, o mesmo aceitou a possibilidade de ser o candidato a vice-prefeito, coisa que para ele ainda está muito cedo para ser definida. “Isso tem que partir da coligação como um todo e da diretoria estadual. Tem que sentar e conversar”, observou.
Kércio ainda informou que não tem nenhuma ambição político-eleitoral, mas que ele poderá ir a disputa como candidato a vice-prefeito, a vereador ou também permanecer contribuindo nos bastidores, desde que o grupo formador da quarta via esteja unido. Uma vez que seu objetivo é integrar um projeto que de fato se apresente como uma alternativa as oligarquias políticas lideradas pelas famílias Reis, Ribeiro e Monteiro.
“Eu não tenho intenção nenhuma de ser candidato a nada, mas se for pra ter um projeto coeso e que queira lutar para quebrar esse negócio de Bole-bole e Saramandaia e que entra um Monteiro que não muda nada, eu topo. Mesmo que não ganhe a eleição, mas eu topo ir pra rua dizer a população que em Lagarto temos uma chapa ficha limpa e sem mácula em seu currículo”, disse o ex-delegado da Polícia Federal e que também foi Secretário Municipal da Ordem Pública de Lagarto.
A indefinição do candidato a vice-prefeito de Nininho da Bolo Bom gerou algumas mágoas no Partido Verde, presidido em Lagarto pelo Tenente Willians Cardoso. Tanto é que ele anunciou um rompimento com o grupo liderado pelo Cidadania, mas não descartou o retorno do seu partido ao projeto. E é diante desta indefinição que Kércio opina: “Agora temos que buscar a adesão das pessoas e solidificar um conjunto forte que mostre ao povo que existe um grupo que não tem mácula no seu nome”.
Questionado sobre o porquê de aceitar ingressar na política, o ex-delegado federal afirmou que não compactua com os ditames históricos da política local. “Eu não vejo motivo de criticar a administração atual. Acho que está fazendo um bom trabalho. O que eu sou contra é que só tem dois rumos a serem seguidos em Lagarto que é um dos Bole-bole e outro do Saramandaia”, argumentou.