Por meio da sua conta oficial no Twitter, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou que o governo vai abrir uma consulta direta, por meio da internet, aos candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para decidir sobre a realização das provas deste ano.
Segundo o ministro, a consulta será realizada na Página do Participante no final do mês de junho. Na oportunidade, os inscritos poderão escolher entre a manutenção da data das provas, o adiamento por 30 dias e a suspensão indefinida do exame deste ano por causa da pandemia de Covid-19.
O MEC fará uma consulta, na última semana de junho, a todos os inscritos, através da “Página do Participante”, do @inep_oficial.
Vamos manter a data? Adiar por 30 dias? Suspender até o fim da pandemia?
O Gov @jairbolsonaro quer saber a opinião dos brasileiros!
Democracia é isso!— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) May 19, 2020
Para o Enem 2020, o Ministério da Educação estima que cinco milhões de pessoas se inscrevam até a próxima sexta-feira, 22. Já as provas estão marcadas para 1º de novembro (linguagens, códigos e suas tecnologias; redação; ciências humanas e suas tecnologias) e 8 de novembro (ciências da natureza e suas tecnologias; matemática e suas tecnologias).
Adiamento aprovado pelo Senado Federal
Cabe destacar que em virtude da pandemia de Covid-19, na sessão virtual da última terça-feira, 19, o Senado Federal aprovou a suspensão automática de vestibulares e das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) enquanto o ano letivo não for concluído. A medida contou com 75 votos a favor e 01 contra. A matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
Autora da proposta, a senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) afirma que a iniciativa tem o objetivo conter as desigualdades causadas pela pandemia sobre os estudantes. “Qual aluno hoje tem condição de estar em casa estudando, de pagar uma plataforma de streaming, de pagar pelo YouTube, de ter uma aula de EaD [educação a distância], ou de estudar de qualquer outro jeito? Livros? Que livros eles receberam? Nenhum! Quem é o professor, o autodidata? Quantos são autodidatas para estudarem sozinhos matemática, física e química?”, questionou.