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Ministério do Trabalho vai tirar de jovem apadrinhado do PTB gestão sobre pagamentos de R$ 473 milhões

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O Ministério do Trabalho vai tirar de Mikael Tavares Medeiros, um jovem de 19 anos, a função de gestor de pagamentos de contratos que somam R$ 473 milhões anuais. De acordo com fontes da pasta ouvidas pela reportagem, a portaria já foi assinada por Leonardo Arantes, secretário-executivo do ministério e sobrinho do líder do PTB, Jovair Arantes (GO). A princípio, Mikael manteria o cargo de Coordenação de Documentação e Informação do ministério, pelo qual recebe R$ 5,1 mil brutos. Indicado pelo PTB, o jovem é filho de um dirigente da legenda e antes de atuar na pasta trabalhou como vendedor em uma loja de óculos, além de ter ficado de recuperação no ensino médio em 2016. A nomeação e as atribuições do jovem foram reveladas pelo GLOBO.

Mikael começou a trabalhar na pasta, no cargo que deve manter, em outubro do ano passado. Dois meses depois, o hoje ministro interino da pasta, Helton Yomura, deu ao jovem a função de “responsável pelos atos necessários à execução orçamentária, financeira e patrimonial” dos pagamentos da Coordenação Geral de Recursos Logísticos”. No primeiro dia com a nova função, No mesmo dia em que assumiu a função, o nome de Mikael aparece nos registros de acesso ao Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal ordenando pagamentos de R$ 27 milhões à B2T. A empresa de tecnologia é suspeita de superfaturar contratos com a pasta, conforme auditoria do Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU). Os pagamentos ocorreram no dia seguinte, no valor de R$ 22,49 milhões, e em 3 de janeiro deste ano, na quantia de R$ 4,5 milhões.

Antes de chegar ao ministério, o jovem precisou de uma prova de recuperação para concluir o ensino médio, trabalhou com venda de óculos numa loja e estava desempregado. Ele acaba de entrar na universidade. O pai de Mikael, o delegado da Polícia Civil Cristiomario de Sousa Medeiros, é presidente do PTB em Planaltina de Goiás e aliado do líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO). Cristiomario diz que a indicação pode ter partido de Jovair, mas o líder diz que cabe ao ministério responder sobre o caso.

Ao GLOBO, no início da tarde de ontem, Mikael afirmou ter chegado ao cargo por indicação de seu partido. O jovem é oficialmente filiado ao Partido da Mulher Brasileira (PMB), conforme os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas o apadrinhamento para entrar no Ministério do Trabalho partiu do PTB.

— O (partido) que me botou lá dentro, você já disse qual é o meu partido — respondeu Mikael sobre quem era o responsável por sua indicação.

Fonte O GLOBO

 

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