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Opinião: altitude não pode ser desculpa para estreia ruim do Santos na Libertadores

santos

Time que quer ser campeão não pode ter medo de ninguém. Tem de jogar bola. E o Santos não jogou nada em sua estreia na Libertadores. Não jogou porque entrou em campo aterrorizado pelo fantasma da altitude de Cusco (3,4 mil metros acima do nível do mar). Perdeu do Real Garcilaso só por 2 a 0 porque o time peruano é fraco. Se fosse mediano, teria goleado.

Isso quer dizer que o Santos é ruim? Não, longe disso. Há deficiências, claro, principalmente no meio-campo, que voltou a demonstrar uma lentidão incompatível com a velocidade do restante da equipe (Renato foi muito mal e é difícil entender por que Jair Ventura o manteve durante os 90 minutos em campo), mas, no geral, o time tem qualidade e já demonstrou isso no Campeonato Paulista.

problema em Cusco pareceu ser de cabeça mesmo, não de pulmão. O Santos já entrou derrotado. Foi um time triste, apático. Tomou um gol aos sete minutos e nem tentou esboçar uma reação. Viu uma chance cair do céu aos 15, criada por Sasha e desperdiçada por Gabigol. E não fez mais nada. Nada mesmo. Só torceu para as bolas do Garcilaso não entrarem no gol de Vanderlei.

Ah, Vanderlei… se não fosse por mais uma boa atuação do goleiro, o vexame seria maior.

Só no segundo tempo o Santos arriscou alguma coisa, principalmente com Eduardo Sasha – este, sim, lutou enquanto pôde, pouco se importando para a altitude. Lutou até ser substituído aos 36, por Rodrygo – o jogador certo a entrar, o jogador errado a sair.

Jair Ventura tem feito um bom trabalho no Santos, mas foi mal em Cusco. Não só por não ter conseguido fazer com que seus jogadores assumissem uma postura mais corajosa, mas por ter escalado um meio-campo muito lento. Renato e Vecchio juntos? Diante da correria dos peruanos na altitude?

A bola simplesmente não ficava com o Santos, porque seus meias se limitavam a passes burocráticos, recuando, recuando, recuando… até chegar a um defensor, que se via obrigado a dar o estourão pra frente. Que tristeza.

O Santos pode muito mais do que isso. O Santos é muito mais do que isso. Não importa se na altitude ou ao nível do mar, é o Real Garcilaso quem tem de ter medo do Santos, não o contrário.

Para se classificar, o Peixe agora vai ter de fazer seus nove pontos como mandante e se esforçar para beliscar mais alguns nos outros dois jogos como visitante. E serão duas pedreiras, em dois alçapões abarrotados – contra o Nacional no Uruguai e o Estudiantes na Argentina.

O Grupo 6 é o que reúne o maior número de títulos na Libertadores (dez, somando 15 finais e 74 participações no torneio). Já o Garcilaso está apenas em sua terceira Liberta. Como bem definiu o Twitter do “Impedimento”, o time peruano é como a Costa Rica naquela chave da Copa do Mundo de 2014 que tinha também Uruguai, Itália e Inglaterra. Se o Santos não quiser ter o mesmo fim de italianos e ingleses, é bom se munir da tradicional garra uruguaia. Sem ela, pouco se avança numa Libertadores.

O que vem por aí

O próximo jogo do Santos na Libertadores será no dia 15, contra o Nacional do Uruguai, no Pacaembu. Pelo Campeonato Paulista, o Santos tem o clássico contra o Corinthians, domingo, também no Pacaembu, com mando de campo e torcida única do Peixe. Gabigol, suspenso pelo terceiro amarelo, é desfalque certo.

Como o elenco santista só chega a São Paulo na noite desta sexta-feira, a escalação para domingo é uma grande incógnita. Uma vitória no clássico para apagar a péssima imagem deixada no Peru viria bem a calhar.

Fonte GE

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