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Paralimpíada: conheça mais sobre o goalball na Tóquio 2020

O goalball é a única modalidade entre as 22 que integram a Paralimpíada de Tóquio (Japão) que não é uma adaptação de um esporte convencional. Ela foi criada logo após a Segunda Guerra Mundial pelo alemão Sepp Reindle e pelo austríaco Hanz Lorezen, para reabilitar veteranos que perderam a visão durante os combates. A estreia oficial nos Jogos foi em Arnhen (Holanda), em 1980, quatro anos após ser apresentada na edição de Toronto (Canadá).

O esporte é voltado tanto a cegos totais como pessoas com baixa visão. Todos utilizam vendas nos olhos para competirem em igualdade. São três jogadores de cada lado da quadra, que tem nove metros de largura e 18 de comprimento. A bola possui 76 centímetros de diâmetro, 1,25 quilos e contém guizos no interior, cujo som auxilia os atletas a localizá-la. Por isso, é necessário que a partida seja disputada em silêncio.

A esfera é arremessada em direção a uma meta que tem a largura da quadra e 1,3 m de altura. A jogada deve ser rasteira ou tocar o solo pelo menos uma vez, em áreas obrigatórias, justamente para o guizo ser escutado. O jogo é disputado em dois tempos de 12 minutos, mas pode ser encerrado antes se uma das equipes chegar a dez gols de diferença no placar.

O histórico do goalball na Paralimpíada é de equilíbrio, com oito campeões diferentes (em dez edições) entre os homens e sete (em nove torneios) entre as mulheres. No masculino, a Finlândia é a seleção de mais sucesso, com os mesmos dois ouros da Dinamarca, mas uma medalha de prata a mais. No feminino, Canadá e Estados Unidos são bicampeões, mas as norte-americanas marcaram presença mais vezes no pódio (seis) que as rivais (cinco).

No Brasil, o goalball é praticado desde 1985, trazido pelo professor Steven Dubner, do Centro de Apoio aos Deficientes Visuais (Cadevi), em São Paulo, que conheceu a modalidade nos Estados Unidos. No início, alguns equipamentos eram improvisados, como a bola (utilizava-se uma de futebol com guizos ou coberta por um plástico, para simular o barulho) e as traves (bancos suecos deitados).

Três décadas depois, o Brasil se tornou uma das maiores potências do esporte no mundo. Bicampeão mundial, o time masculino lidera o ranking da Federação Internacional de Esportes para Cegos (IBSA, sigla em inglês), além de ter duas medalhas paralímpicas: prata em 2012, em Londres (Grã-Bretanha), e bronze em 2016, no Rio de Janeiro. Já a equipe feminina, bronze no Mundial de 2018 e terceira melhor seleção do mundo, foi quem colocou o goalball brasileiro pela primeira vez nos Jogos, na edição de 2004, em Atenas (Grécia).

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