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Pazuello diz que Bolsonaro lhe pediu apuração da Covaxin, mas sem registro

Plenário do Senado Federal durante sessão de debates temáticos destinada ao comparecimento do ministro de Estado da Saúde, convidado a prestar informações sobre as dificuldades enfrentadas pelo país para imunizar a população contra a covid-19 e sobre as medidas adotadas pelo Ministério da Saúde para promover a vacinação em todo o território nacional.

À mesa, ministro de Estado da Saúde, Eduardo Pazuello.

Foto: Pedro França/Agência Senado

CNN teve acesso com exclusividade à íntegra dos dois depoimentos que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello deu nesta quinta-feira (29) à Polícia Federal.

No mais relevante deles, o que investiga as acusações de que o presidente Jair Bolsonaro prevaricou ao receber a denúncia do deputado federal Luís Miranda de que havia irregularidades no contrato para a aquisição das vacinas Covaxin, Pazuello disse que recebeu o pedido de Bolsonaro para apurar de maneira informal.  

“QUE o Presidente da República, pessoalmente, no Palácio do Planalto, solicitou ao declarante que averiguasse se estava ocorrendo alguma irregularidade com o contrato de aquisição da vacina Covaxin; QUE recebeu esse pedido pessoalmente, e de maneira verbal; QUE não se recorda se este pedido do Presidente da República foi feito no dia 22 ou no dia 23/03/2021; QUE não sabe se solicitou no dia 22 ou 23/03/2021, solicitou ao ex-Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, que verificasse o contrato;”

De acordo com ele, o pedido para Élcio Franco foi feito de maneira verbal e sem registros. “QUE essa solicitação também foi verbal e pessoalmente; QUE o panorama, à época, não era de um ambiente de gravidade em relação a esse fato específico envolvendo o contrato da Covaxin.” Elcio, depois, lhe deu o retorno dizendo não haver irregularidades.  “QUE recebeu, não se recordando da data, um retorno do ex-Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, dizendo que havia feito uma apuração e não constatou qualquer irregularidade no contrato.”

Aqui, ele destaca não saber como a apuração foi feita. “QUE não sabe qual foi o tipo de apuração que ele realizou, nem se outras pessoas participaram dessa apuração.”

Pazuello afirma que não avisou o  presidente sobre a apuração que foi feita por Elcio. “QUE não se recorda de, após ter recebido a resposta do ex-Secretário Executivo, ter informado ao Presidente da República; QUE como o assunto foi tratado numa situação de normalidade de “denuncismo”, tanto esse quanto outros assuntos, foram analisados da mesma maneira;”

A PF o questiona sobre a viagem que ele teve com o deputado federal Luis Miranda na qual ele lhe teria informado sobre as irregularidades. Pazuello disse aos investigadores que não se recorda da conversa que teve. “QUE se recorda de ter viajado acompanhado, dentre outros, do Deputado Federal Luis Miranda no dia 21/03/2021, quando foram, em aeronave oficial da Força Aérea, para São Paulo/Guarulhos receber a entrega de vacinas do Consórcio Covax-Facility; QUE essa era primeira entrega de doses de vacina no Brasil; QUE conversou com o Deputado Federal Luis Miranda durante o voo; QUE não se recorda do conteúdo da conversa, muito menos se o Deputado Federal Luis Miranda informou que havi tido uma conversa com o Presidente da República no dia 20/03/2021; QUE apenas conversou com ele durante o voo e na descida.”

Os delegados o questionaram quando ele conheceu Luis Miranda. O ex-ministro disse que foi quando o deputado lhe pediu que seu irmão não fosse exoneradodo cargo. “QUE conheceu o Deputado Federal Luis Miranda quando ele foi solicitar ao declarante para que seu irmão não fosse exonerado do cargo comissionado (DAS); QUE havia a proposta, formal, pelo superior hierárquico para a exoneração da função; QUE isso ocorreu em setembro ou outubro de 2020; QUE avaliou que as irregularidades apontadas (atrasos, faltas) poderiam ser corrigidas, e deu ordem ao Chefe de Gabinete para que o servidor público Luis Ricardo não fosse exonerado do cargo comissionado.”

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