O profissional do setor da saúde Pedro Bastos, de 37 anos, que trabalha como recepcionista em uma unidade hospitalar particular em Aracaju, disse, nesta terça-feira (1º), que foi impedido de tomar a primeira dose do imunizante contra a Covid-19, mesmo estando autorizado.
Segundo o recepcionista, no dia 27 de maio, quando compareceu ao Colégio Presidente Vargas, localizado no Siqueira Campos, para receber a dose, foi surpreendido com a informação de que já constava como vacinado desde o dia 7 de maio.
“Me sinto impotente. Eu trabalho na área da saúde, lido com a doença todos os dias. Me senti burlado, enganado, perdi meu direito por uma coisa que não tive culpa. Tive Covid pela terceira vez no dia 15 de abril. No dia 7, data em que outra pessoa foi vacinada em meu lugar, eu estava ainda aguardando completar o prazo de 30 dias para receber a vacina”, disse.
Pedro Bastos disse também que prestou Boletim de Ocorrência no mesmo dia e entrou em contato com a Secretaria de Saúde de Aracaju (SMS) para comunicar o ocorrido.
De acordo com ele, é possível provar que não recebeu a vacina, além da assinatura que não confere com a de seus documentos, Pedro afirma que estava trabalhando no dia 7 de maio, das 7h até as 18h30. “Eu almocei no trabalho. Tenho como comprovar com o meu ponto”, explicou.
Por nota, a Secretaria Municipal de Aracaju informou que tomou conhecimento da situação, por meio da ouvidoria do órgão, de uma suposta utilização indevida de CPF para recebimento de vacina contra Covid-19. O profissional de saúde enviou um e-mail relatando que não recebeu o imunizante, mas consta no sistema como vacinado. A SMS disse que vai apurar o caso para tomar as medidas cabíveis.
A Polícia Civil disse que vai investigar o caso.