Na última quarta-feira, em entrevistas na MIX FM e Cidade Alerta Sergipe, da TV Atalaia, o governador Jackson Barreto fez o que não deixamos de fazer: disse o que não devia ter dito.

Depois da reação de Eliane Aquino, viúva de Marcelo Déda, de quem recebeu a chefia do Executivo, dizendo estar “perplexa e entristecida” com sua declaração, de que recebeu “zerada” a conta única do Estado, sem nem mesmo recursos do Proinveste, Jackson emitiu nota pedindo desculpas.

Cá pra nós, não vivemos num mundo melhor.

Julgadores implacáveis, incapazes de refletir sobre seu próprio comportamento, espalham-se nas redes sociais. Feitas para encurtar distâncias, essas redes tornam mais forte e ferino o verbo de quem se acha acima de tudo e de todos.

São tão perigosas as redes sociais que Jesus só permitiu seu surgimento centenas de anos depois de sua ressurreição.

Lembra o Papa Francisco que “a cultura da solidariedade é ver no outro não um concorrente ou número, um irmão”. Digo mais: a solidariedade nunca é ver no outro um inimigo.

O Papa conta que tem uma sobrinha que desposou um homem antes que ele tivesse conseguido a anulação do casamento. Casaram, tiveram filhos.

Esse homem era tão religioso que, indo à missa, ia ao confessionário e dizia ao sacerdote: “Sei que o senhor não pode me absolver, mas pequei nisso e naquilo, dê-me uma bênção”.

Você perdoaria Jackson Barreto?

Quanto a mim, quem sou eu para julgar?

Fonte NE