Uma reportagem especial divulgada na última edição do Jornal Cinform, revelou os bastidores da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), no estado de Sergipe. Segundo a reportagem, a IMPD tem uma cota mínima de arrecadação mensal em cada unidade instalada no estado.
Na região centro-sul, a cota de arrecadação mensal é de R$ 22 mil, em Lagarto; R$ 20 mil, em Simão Dias; R$ 35 mil, em Tobias Barreto. Em Itabaiana, no agreste sergipano, a cota é de R$ 60 mil.
Nos outros municípios do estado, os valores são: Glória, R$ 16 mil; Propriá, R$ 15 mil; Itabaianinha, R$ 22 mil; Cristinápolis, R$ 16 mil; Jardim Centenário, R$ 9 mil; Eduardo Gomes, R$ 10 mil; Marcos Freire, R$ 40 mil; Umbaúba, R$ 25 mil; Estância, R$ 30 mil; Santos Dumond, R$ 33 mil; Canindé, R$ 16 mil; sede estadual, R$ 140 mil.
Além desses valores, a reportagem ainda revela que os pastores trabalham sem carteira assinada, sem contribuição previdenciária e recebendo com descontos o salário bruto de R$ 1.800,00. Contudo, para ficar na igreja, o pastor não pode apresentar uma arrecadação inferior a R$ 15 mil.
“Na época em que eu saí da Igreja, uns outros 30 pastores saíram também. Ali há pastores que dormem no chão e não têm para onde ir. Muitos começaram jovens e agora estão velhos, sem garantias, sem carteira assinada, e com metas a bater. Porque pastor que não bate meta fica de castigo”, relatou o ex-pastor Isaac ao jornal.
E acrescentou: “Os bispos dizem assim: Quantas pessoas têm em sua igreja? Se forem 100 pessoas e a arrecadação der, por exemplo, R$ 180, querem saber porque a arrecadação é tão baixa. A linguagem ali é de VALORES. Mas deveria ser de amor, de pessoas buscando Jesus, de gente aceitando Deus”.