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Riachão do Dantas completa 150 Anos de emancipação política

Em Riachão do Dantas, as medidas restritivas vigorarão até a segunda-feira, 22 de março

Neste sábado, 09, Riachão do Dantas, situado na região centro-sul de Sergipe, completa 150 de emancipação política. Em tempos de pandemia, as comemorações oficiais ficaram por conta das redes sociais da Prefeitura Municipal daquele município. Mas como ele conquistou a sua emancipação no dia 09 de maio de 1870?

Com 150 anos, a história do Município está marcada pela fé e também por intensas disputas políticas

De acordo com a obra intitulada “Riachão do Dantas: nossa terra, nossa gente, nossa história”, de José Renilton Nascimento Santos, a sede do Município tem suas origens no início do século XIX, e está relacionada com a devoção a Nossa Senhora do Amparo e à atuação da Igreja como a maioria das vilas e cidades surgidas nos períodos colonial e imperial quando povoações, vilas e cidades iniciaram-se quase sempre em torno de um cruzeiro erguido como marco de fé.

O fazendeiro e político João Martins Fontes é um dos atores da fundação da povoação do Riachão e teve sua carreira em cargos de governança no município muito cedo, como a função de Juiz Ordinário Presidente da Câmara. Após a morte de João Martins Fontes, os herdeiros doaram a Nossa Senhora do Amparo a capela e as terras que lhe pertenciam para que a mesma fosse transformada em matriz.

Com a transformação da povoação em Freguesia, as lideranças políticas da localidade passaram a trabalhar pela emancipação. Dentre as lideranças, se destacou a figura do Coronel João Dantas Martins dos Reis, líder do Partido Conservador no sul de Sergipe que desde cedo militou na política da Província de Sergipe, batalhando pela autonomia de Riachão. Ele exerceu cargos de representação no Lagarto e no Riachão como vereador, presidente da Câmara Municipal, Juiz de Paz, suplente de Juiz Municipal, delegado de polícia, Deputado Provincial, Vice-Presidente da Província e ocupou a presidência da Assembleia Legislativa por várias vezes.

João Dantas Martins dos Reis: o conservador que batalhou pela emancipação política de Riachão

Em 23 de maio de 1864, foi decretada a Resolução nº 666, pela qual ficava “elevada à categoria de Vila a Freguesia do Riachão, servindo-lhe de divisão para o respectivo termo, a da mesma Freguesia.” Com a resolução, foram tomadas as providências para a instalação da nova Vila. Como consequência, as disputas políticas aconteceram entre Conservadores e Liberais, o que acabou atrapalhando o processo de implantação da Vila.

Os Liberais, adversários do Cel. João Dantas Martins dos Reis, conseguiram a revogação do ato emancipatório através da Resolução nº 730, de 15 de maio de 1865. A Freguesia de Nossa Senhora do Amparo voltou a pertencer ao Município de Lagarto. No entanto, cinco anos depois desse feito, foi sancionada a Resolução nº 888, de 09 de maio de 1870, elevando definitivamente a Freguesia de Nossa Senhora do Amparo à categoria de Vila com a denominação de Riachão, desmembrando-a do Município de Lagarto. No ano seguinte, após a realização de eleições, foi instalada a Câmara Municipal.

Por quê Riachão do Dantas?

De acordo com a obra acima mencionada, o nome Riachão provém do riacho, quase rio, que passa próximo à localidade: o riacho da Limeira. O complemento “do Dantas” foi acrescentado a partir de 1943, como forma de homenagear o Coronel João Dantas Martins dos Reis, importante personalidade da emancipação política.

 

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