Tendo em vista o possível aumento de casos envolvendo as arboviroses e as infecções respiratórias virais entre os meses de março e julho, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) chama atenção para as orientações de prevenção e cuidado diante das doenças sazonais, principalmente em crianças.
É importante entender que as doenças que possuem caráter de sazonalidade mudam de acordo com as situações climáticas, como é o caso das arboviroses, que envolvem o vetor Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, e que durante esse período se replica com mais rapidez devido às chuvas e altas temperaturas.
De acordo com o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, esse é o momento de focar nas ações que visam diminuir a replicação do mosquito vetor transmissor das arboviroses. “Como as arboviroses são transmitidas pelo o Aedes aegypti, é importante que nossas ações sejam voltadas ao seu combate. Sabemos que os principais reservatórios do vetor estão próximos aos nossos domicílios. Por isso, é fundamental que a população continue reforçando as ações de eliminação de possíveis focos, tomando as precauções necessárias como retirar o lixo acumulado nos quintais da residência, observar os reservatórios de água e limpar as calhas dos telhados para o controle eficaz da doença”, explicou.
Os sintomas que envolvem a dengue, zika e chikungunya podem ser semelhantes entre si. As pessoas infectadas geralmente apresentam febre, dor de cabeça e no corpo. É importante também se atentar para o risco da automedicação, pois os anti-inflamatórios e os medicamentos que contêm ácido acetil salicílico são contraindicados em pessoas com dengue, pois podem aumentar o risco de sangramentos e complicações.
Vírus respiratórios
Diferentemente das arboviroses, as doenças respiratórias virais são caracterizadas pela transmissão de pessoa a pessoa, pela tosse, espirros, secreções. Entre os principais vírus envolvidos estão os vírus Influenza A e B e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), podendo aumentar a demanda dos serviços de saúde, incluindo o aumento de casos de bronquiolites que leva ao aumento dos atendimentos pediátricos, com alto índice de internamento.
“Devido ao risco de aumento da circulação de vírus respiratórios no país, o Ministério da Saúde (MS), antecipou o início da Campanha Nacional Contra a Gripe. Uma das medidas preventivas para esses vírus é a vacina da Influenza para os grupos prioritários a fim de proteger as pessoas do pico de transmissão desses vírus”, salientou o infectologista Marco Aurélio Góes.
Medidas preventivas
Pessoas que apresentarem sintomas gripais devem utilizar máscaras e evitar ambientes com aglomeração, assim como o contato com recém-nascidos e idosos. A Secretaria de Estado da Saúde recomenda que, para os sintomas leves e brandos, a população procure uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa e, caso exista algum grau de complicação, o paciente deve ser encaminhado para uma unidade hospitalar.
Vacina contra a Influenza
O MS antecipou o início da Campanha Nacional Contra a Gripe. Na última segunda-feira, 11, foi iniciada a distribuição das doses aos municípios, que poderão iniciar a vacinação da população. Em Sergipe, a estimativa é que 791.483 pessoas sejam imunizadas.
As vacinas serão destinadas para crianças de seis meses a menores de seis anos; crianças indígenas de seis meses a menores de nove anos; trabalhadores da Saúde; gestantes; puérperas; professores dos ensinos básico e superior; povos indígenas; idosos com 60 anos ou mais; pessoas em situação de rua; profissionais das forças de segurança e de salvamento; profissionais das Forças Armadas; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade); pessoas com deficiência permanente; caminhoneiros; trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso); trabalhadores portuários; funcionários do sistema de privação de liberdade; população privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).
Fonte: Governo de SE