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Sergipe apresenta potencial para crescimento da pesca e aquicultura

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Sergipe apresenta grande potencial para a cadeia produtiva da pesca e aquicultura, considerando a significativa extensão da região costeira de 163 km – com cerca de 25,1% do território do estado, e as seis bacias hidrográficas (São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Vaza-Barris, Piauí e Real). Com base nesse cenário positivo, foi realizado o seminário que abordou as tendências para o mercado de pescados e as estratégias de produção aquícola em Sergipe.

O encontro, que aconteceu na última terça-feira, 26 de abril, no auditório do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), teve como ponto central a palestra do médico veterinário, professor da Fundação Getúlio Vargas e ex-ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolim, sobre o mercado da pesca, tendências e oportunidades. Outro fato importante do evento foi o anúncio da criação do núcleo permanente para discutir as políticas públicas para este setor produtivo, por parte da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri).

De acordo com Altemir Gregolim, Sergipe tem um potencial muito grande porque tem uma riqueza de recursos hídricos, se comparado com os demais estados do Nordeste. “O estado de Sergipe é privilegiado com vários rios, várias barragens e a hidroelétrica de Xingó, que são locais onde se pode produzir peixes e camarão, em tanque-rede, tanques escavados. Aqui tem crescido a produção de tilápia, inclusive, na produção de camarão, Sergipe já é o 4º maior produtor. Além disso, tem um número significativo de pequenos produtores. O que se precisa fazer é criar as condições necessárias para atrair investimentos, alcançar licenciamento, melhorar as condições de tributação, de crédito, assistência técnica e organização da cadeia produtiva. Uma das preocupações locais, por exemplo, é a criação de indústria para verticalizar a produção, processar o pescado, ter qualidade para colocar no mercado local e também nos grandes mercados como São Paulo e Rio de Janeiro, Belo Horizonte e exportação. Desta forma, Sergipe pode consolidar a cadeia produtiva da pesca e aquicultura”, disse o palestrante.

Ele ainda ressaltou que, “a pesca extrativista no rio ou mar é importante, mas está estagnada no mundo inteiro. O que mais cresce é a aquicultura, e, neste aspecto, Sergipe produz dois produtos que têm o maior mercado no mundo: o primeiro é o camarão e o segundo a tilápia que no Brasil cresce a 10% ao ano. O Brasil já é o 4º mundial de tilápia depois da China, Tailândia e Egito. Ano passado aumentamos em 78% as exportações para o mercado norte Americano, ou seja, são duas atividades que Sergipe pode apostar que tem mercado certo.

Políticas públicas

Em saudação, durante a abertura do evento, o deputado estadual Zezinho Sobral destacou avanços no âmbito do Legislativo e do Executivo quanto ao licenciamento ambiental da carcinicultura que tem permitido a readequação dos espaços de produção e acesso ao crédito. O parlamentar também protocolou na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei que institui a data de 29 de Junho como Dia Estadual da Pesca e da Aquicultura de Sergipe, sugerindo que passe a integrar o calendário oficial do Estado.

“A criação do Dia Estadual da Pesca é a cereja do bolo, sobre tudo que tem sido feito para o setor pesqueiro. Tenho dialogado bastante com colônias de pescadores, estreitado relacionamento das associações, com a Secretaria Estadual da Agricultura, Adema, Fecomercio e Senar. A Assembleia tem contribuído com legislações para beneficiar a carcinicultura, a pesca, a agricultura e adequar os licenciamentos. Os diálogos vêm com iniciativas sempre nos sentido de ajudar os pequenos e microprodutores”, afirma Zezinho Sobral.

Representado a Secretaria de Estado da Agricultura, Arlindo Nery, chefe da Assessoria de Planejamento da secretaria, anunciou a criação do núcleo permanente para discutir as políticas públicas para o setor da aquicultura e pesca. “O secretário de Estado da Agricultura, Zeca da Silva, determinou a criação desse núcleo que será composto de diversos atores da cadeia produtiva. A primeira missão do núcleo é a realização do censo estadual da pesca, executado de maneira uniforme e obedecendo aos critérios científicos. Para isso, buscaremos apoio da Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Federal de Sergipe (IFS)”.

Segundo ele, os dados levantados pelo censo serão fundamentais para a proposição de políticas públicas, para se conseguir recursos junto aos agentes financiadores.

Assistência técnica

O presidente do Sistema Faese/Senar, Ivan Sobral, destacou ações de assistência técnica voltadas especificamente para o setor aquícola. “O Sistema Senar reconhece a importância desta cadeia produtiva, tanto é que criamos o Programa de Assistência Técnica e Gerencial gratuita aos produtores de todo o estado. Esse ano temos 90 vagas para cultivadores de camarão que queiram receber a assistência durante um período de dois anos. Outro programa é o Senar Jovem na cadeia da Aquicultura, voltado para jovens de 16 a 30 anos que, durante o período de um ano, terão aulas on-line e presenciais nas propriedades para capacitar a mão de obra. Com esses objetivos, por meio da capacitação, a perspectiva é contribuir para o crescimento da produção de camarão em nosso estado”, pontuou Ivan.

O representante da Câmara de Pesca da Fecomércio, Humberto Eng, avaliou o encontro como muito positivo. “Além de todo o debate que foi muito rico, lançamos a XIX Semana do Pescado e a  Expopesca/SE 2022, eventos que serão realizados entre os dias 8 e 10 de setembro. Toda essa movimentação gera uma onda positiva que motiva os produtores, motiva o mercado e gera competitividade”.

Fonte: Governo de Sergipe

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