Com o objetivo de ampliar as ações de busca por pessoas desaparecidas, a Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP) está participando da Mobilização Nacional de Identificação de Pessoas Desaparecidas, iniciativa coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). A ação teve início nesta segunda-feira, 26, e até 30 de agosto, será possível fazer a coleta de material. Para isso, é preciso procurar uma delegacia da Polícia Civil. Os materiais genéticos serão coletados pelo Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF), da Polícia Científica, e farão parte da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG), que auxilia no processo de localização de desaparecidos no Brasil.
O objetivo da mobilização nacional é justamente aumentar o volume de dados do banco de perfis genéticos, ampliando as chances de localização de pessoas desaparecidas em todo o território nacional, assim como explicou a delegada Lara Schuster, da Polícia Civil de Sergipe. “Nós queremos fortalecer e aumentar o número de dados e, a partir disso, localizar familiares de pessoas desaparecidas e acabar com o sofrimento das famílias”, ressaltou.
Para essa identificação, a campanha nacional envolve a coleta de amostras e análises de dados de perfis genéticos, conforme detalhou o perito criminal Kleber Willer, diretor do Instituto de Análises e Pesquisas Forenses (IAPF). “Então, é uma campanha que tem a importância de ajudar as autoridades policiais a encontrar essas pessoas que estão desaparecidas”, evidenciou.
Procedimento de coleta
Em Sergipe, a mobilização é um trabalho integrado entre as polícias Civil e Científica. “Então, todas as delegacias do estado estão orientadas e qualquer pessoa que tenha um familiar desaparecido deve procurar a delegacia, onde será orientada sobre os locais onde é feita a coleta. O ideal é que sejam familiares de primeiro grau, por exemplo, os pais, os filhos e irmãos filhos do mesmo pai e da mesma mãe”, explicou Kleber Willer.
Para o procedimento de identificação, a mobilização conta com três etapas: coleta de amostras de DNA de familiares de pessoas desaparecidas; impressões digitais de pessoas vivas com identidade desconhecida; e impressões digitais de cadáveres não identificados.
Na coleta da amostra, é utilizado um procedimento indolor, mas capaz de reunir informações essenciais ao procedimento de busca e localização de pessoas desaparecidas, assim como explicou o diretor do IAPF. “A gente passa o swab – um cotonete -na parte interna da bochecha. E, se a pessoa tiver um material de uso individual do desaparecido, como escova de dente ou de cabelo, também pode levar para a análise do IAPF”, detalhou.
Após a coleta da amostra do familiar e também dos pertences de uso pessoal da pessoa desaparecida, o IAPF irá inserir o perfil genético no banco de dados nacional de perfis genéticos. “Esse banco de dados é acessado por todos os estados do país e também é compartilhado com outros países, por meio da Interpol. Então, o objetivo é facilitar a identificação e localização de pessoas desaparecidas”, salientou Kleber Willer.
Núcleo de pessoas desaparecidas
As amostras coletadas durante a mobilização também irão contribuir com a atuação do Núcleo de Desaparecidos da Polícia Civil, que irá reforçar as ações de investigação e busca por pessoas desaparecidas em Sergipe. “A Polícia Civil está implementando esse núcleo. O contato com o Núcleo pode ser feito pelo telefone (79) 98816-6621 e pedimos que os familiares entrem em contato a fim de atualizar a situação da pessoa desaparecida”, finalizou a delegada Lara Schuster.
Fonte: SSP/SE