Após aprovarem o estado de greve na última sexta-feira, 7, trabalhadores da Petrobras em Sergipe prometem um grande ato com centrais sindicais e sindicatos na próxima sexta-feira, 14.
O ato terá como objetivo chamar a atenção da população tanto sobre a importância da Petrobras quanto para os motivos da greve, explica Bruno Dantas, um dos diretores do Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro AL/SE).
Ainda de acordo com Dantas, o protesto será contra a demissão dos trabalhadores da Petrobras, já que vários concursados foram demitidos na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen) do Paraná e na BR Distribuidora.
Além disso, os trabalhadores da estatal sergipana também se posicionarão contra a venda dos campos de petróleo, como no caso de Carmópolis, e refinarias. “Também vamos protestar contra o descumprimento do acordo coletivo, pois a Petrobras está impondo novas jornadas sem negociar com os sindicatos dos trabalhadores, e defender a redução imediata dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha”, conta.
Além do ato no dia 14, também está prevista uma mobilização para o sábado, 15, no Calçadão da João Pessoa, no Centro de Aracaju, onde os trabalhadores distribuirão cartilhas para a população.
Determinação judicial e adesão
No início deste mês, o Tribunal Superior do Trabalho determinou que o sindicato dos petroleiros mantenham 90% dos trabalhadores em serviço durante a greve. Ou seja, com essa decisão, os sindicatos não poderão impedir o trânsito de bens e pessoas das unidades da petroleira.
Já a estatal se posicionou através de nota, no último sábado, 8, informando que a Justiça autorizou a contratação imediata de pessoas e serviços para que seja garantida a continuidade operacional em suas unidades durante a greve. Além disso, a Petrobras acusou os sindicatos de não estarem cumprindo a ordem do TST.
Ao todo, a greve nacional, que já entrou em seu 11° dia, conta com a adesão de 92 unidades em 13 estados da Federação. Informações da Federação Única dos Petroleiros (FUP) dão conta de que cerca de 20 mil trabalhadores estão mobilizados em todo o Brasil, fazendo desta greve a mais forte da categoria nos últimos anos.