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Vereador compara presidente da Câmara de Lagarto a ditador chileno

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O vereador da situação, Clayton Moore (Cidadania), usou a tribuna da Câmara Municipal de Lagarto para protestar e cobrar celeridade na votação da pauta relacionada ao plano de carreira dos motoristas, durante a 64ª Sessão Ordinária da última quinta-feira, 7.

No início de sua fala, ele explicou que antes de qualquer sessão, recebem a pauta do dia com 48h de antecedência. “Eu pergunto a todos os vereadores se algum aqui tem conhecimento da pauta de hoje”.

Vereador pede celeridade na votação de pauta relacionada aos motoristas.

Em seguida, ele afirmou que está sobrando paciência entre os membros do legislativo municipal e que por isso as discussões não avançam. “Traga o projeto aqui pra pauta de hoje. Todo mundo aqui assinou a lista de frequência, que eu não queria assinar, porque queria assinar só depois que estivesse a pauta aqui pra gente poder aprovar o projeto”.

Depois, apontando para a mesa da presidência da casa, disse que perguntou qual era a pauta do dia, mas ouviu que não havia.

“Fica o exército de um homem só, é um presidente que se acha o Pinochet lá do Chile, o ditador [disse em referência ao presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo de João Maratá]. Não vou dizer Hitler, porque Hitler era muito inteligente”, afirmou.

“A pessoa cobra respeito, mas não está respeitando os colegas”                                   

Em resposta, o presidente Eduardo de João Maratá, afirmou que se a ideia era discutir o regimento, ele sequer deveria estar colocando em pauta essa discussão no pequeno expediente, que seria o espaço dedicado às matérias.

“Ele fala em respeito, mas hoje pegou a lista de presença, os outros vereadores queriam assinar, mas ele segurou e os outros não assinaram, porque ele acha que não dá quórum em relação ao orçamento. A pessoa cobra respeito, mas não está respeitando os colegas”.

“Não adianta querer macular a imagem da gente, porque as próprias classes sabem que jamais vamos lutar contra elas”, respondeu o presidente.

Em seguida, falou que muitos usam o palanque apenas para aparecer, mas que estão sendo assistidos pela população. Em relação, a pauta dos motoristas, explicou que muitas vezes o projeto chega incluindo tributos, como no caso dos mototaxistas, e que por isso acaba sendo devolvido.

“Venha só o projeto do mototaxistas para ver se no mesmo dia não é votado. Mas é fácil jogar a culpa nos vereadores”. Lembrou também que os projetos precisam passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e de um parecer jurídico.

“Quero que qualquer classe diga que veio aqui e que foi desrespeitada. Já tivemos aqui os agentes de saúde, o pessoal do conselho tutelar, pergunte se a gente desrespeitou alguém. Não adianta querer macular a imagem da gente, porque as próprias classes sabem que jamais vamos lutar contra elas”, disse.

Como funciona o processo?

A pauta citada pelo vereador Clayton Moore é um projeto do poder executivo que foi encaminhado a Câmara de Vereadores na última quarta-feira, 6. De acordo com o regimento interno Casa, quando o projeto chega, é protocolado, encaminhado para a presidência da Câmara Municipal, e posteriormente levado ao plenário para leitura. Espera-se que isso ocorra na próxima terça-feira, 12.

Augusto Pinochet

Em 11 de setembro de 1973, o general Augusto Pinochet deu um golpe militar e depôs o então presidente chileno, Salvador Allende, eleito três anos antes por vias democráticas. Depois disso, o país mergulhou em uma ditadura que durou 17 anos. Estima-se que 3,2 mil pessoas tenham sido mortas sob o comando de Pinochet e outras 40 mil torturadas. 

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