Na sessão desta quinta-feira, 17, o vereador Vilânio do Treze usou a tribuna da Câmara de Lagarto para propor um projeto de lei conjunto que permita a Casa de Leis repassar o dinheiro usado para custear as diárias dos vereadores em congressos à Prefeitura de Lagarto, para que esta possa distribuir cestas básicas junto aos mais carentes.
A ideia de Vilânio é aproveitar que os eventos presenciais estão suspensos, por conta da pandemia de Covid-19, e utilizar os recursos das diárias para assistir aos mais carentes neste período. “17 vereadores a R$ 2.400 uma diária, como foi no último congresso que aconteceu, daria R$ 40 mil. É um bom dinheiro. Então por quê a nossa Câmara não fazer? Vamos dar esse exemplo”, disse o edil.
Vilânio ainda destacou que a proposta mantém os recursos da Câmara de Vereadores para manter as suas atividades. “Mas se há essa sobra, não vamos deixar esse dinheiro parado. Vamos fazer o projeto, aprovar, a prefeita sanciona e a Câmara de Vereadores de Lagarto estará fazendo essas doações de maneira legal”, completou.
A proposta foi bem recebida pelos vereadores. O vereador Gordinho da Laranja afirmou que a medida deve contar com o apoio da situação e da oposição. Enquanto o vereador Matheus Corrêa (Cidadania) defendeu que fossem realizados estudos econômicos para a viabilização do projeto, que os recursos ao serem destinados à prefeitura fossem vinculados à compra de cestas básicas e que as distribuições fossem acompanhadas por todos os edis.
A posição de Corrêa foi endossada pelo vereador Alex Dentinho, que também defendeu a criação de mecanismos que impedissem o Município de se promover com a proposta deixando de lado a atitude dos vereadores. “Vamos fazer a coisa da maneira correta e coerente, tudo amarrado com o jurídico para beneficiar o povo. O que não concordo é que façam política em cima da gente para poder se beneficiar”, salientou.
Após as discussões, o vereador-presidente Amilton Fontes (PSC) afirmou que o projeto é excelente, mas que é preciso que sejam realizados os estudos de viabilidade econômica. Uma vez que, segundo ele, “não existe uma receita específica para o pagamento de diárias aos 17 vereadores”. Ele ainda destacou que por não existir uma receita específica, alguns vereadores tiveram pedidos de diárias negados por falta de recursos.
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