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Vocação marítima e poderio econômico fizeram da Espanha uma das grandes influências culturais do mundo

41gh14h

Pode-se argumentar facilmente que a vocação marítima dos ocupantes da Península Ibérica, Portugal e Espanha, deriva do fato do território estar de fato cercado por três grandes “corpos” marinhos: a Baía de Biscaia ao norte, o oceano Atlântico ao oeste, e o mar do Mediterrâneo ao sul.

Estarem cercados pelo mar fez com que esses povos estabelecessem uma relação muito próxima com as águas. Muito mais próxima do que vizinhos que mesmo também abarcados pelos mares, não conseguiram desenvolver suas indústrias navais de maneira tão pungente durante os tempos de exploração marítima nos séculos XV e XVI.

Com isso, Portugal e Espanha acabaram ganhando uma vantagem descomunal no quesito de descobrimento de novas terras, frente a boa parte das outras jovens nações europeias cujos recursos navais eram investidos em pirataria, no caso da Inglaterra; e em guerras, no caso da França. Algo que culminou com a divisão daquilo que é hoje a América do Sul entre as duas nações ibéricas, com Portugal ficando com a parte leste do continente e a Espanha tomando posse da parte oeste.

Hoje na divisão do mapa da América do Sul, a primeira impressão que fica é que Portugal levou a melhor uma vez que o Brasil cobre quase 50% de todo o território do continente – sem esquecer que o resto do continente inclui também a Patagônia, uma região dividida por Argentina e Chile composta majoritariamente de estepe que possui poucas árvores e muito gelo. Mas essa visão acaba ignorando a grande diversidade de recursos, povos e culturas que a parte espanhola da América do Sul possuía e ainda possui hoje em dia.

Fonte: Unsplash

Uma forte influência cultural a partir das grandes riquezas dos tempos de império

Graças aos metais preciosos extraídos das eventuais colônias espanholas que seriam estabelecidas entre os séculos XV e XVII na América do Sul, a Espanha tornou-se um dos primeiros impérios globais da história. Antes mesmo da Reino Unido ganhar a alcunha de “império onde o sol nunca se põe”, a Espanha já havia ganhado essa denominação por intelectuais da época.

Sendo uma financiadora de grandes empreendimentos dentro e fora do território antes mesmo de sua unificação em 1469, quando a mesma ainda era dividia pelos reinos de Aragão, Castela, Leão e Navarra, a região atrai talentos de fora do país há séculos. À época, além dos reis e rainhas que vinham de outras regiões da Europa através de suas linhagens para continuar o domínio político da região, a região atraia também pessoas como Cristóvão Colombo, um italiano que financiado pelos monarcas espanhóis acabou revelando a América para o Velho Mundo.

Hoje em dia, a Espanha é espaço de escolha para uma nova vida por parte de muitos brasileiros. Sergipanos tem conseguido sucesso, como Maria Dantas que conforme nosso artigo em http://lagartense.com.br/47848, se elegeu deputada federal na Espanha após 25 anos estudando e trabalhando no país.

Outro exemplo notável do Sergipe e muito difícil de não ser mencionado, vem do futebol. O atacante Diego Costa saiu muito cedo do Brasil, rumando para Portugal aos 18 anos de idade para tentar a sorte no esporte. Já no seu segundo ano na Europa ele rumou para a Espanha, encontrando sucesso em definitivo e tornando-se um dos melhores atletas da sua posição em anos recentes.

A Espanha também exerce uma influência cultural muito forte a partir de sua posição na formação geopolítica do mundo moderno. No Brasil, isso se vê muito fortemente na gastronomia a partir de pratos típicos da Espanha como a paella e os churros que são vendidos em muitos restaurantes e esquinas do país. Além dos vinhos espanhóis como Marques de Murrieta e Dalmau, que são utilizados para fazer alguns dos melhores molhos nas cozinhas mais exclusivas das grandes cidades brasileiras.

No resto do mundo, a Espanha se faz forte através de outros elementos culturais tão relevantes quanto. Poucos sabem que o famoso jogo de cartas blackjack, onde o jogador precisa chegar o mais próximo à almejada marca de 21 através de sua mão enquanto joga contra a banca, que busca o mesmo objetivo, tem origem em um jogo espanhol chamado Ventiuno – ou 21 em espanhol. Hoje o jogo faz parte de espaços online como https://www.casinos.pt/jogos/blackjack/ que ensinam como aproveitar o jogo e também onde encontrar as melhores mesas de blackjack na internet, e também nos grandes cassinos físicos que se encontram espalhados em cidades mundo afora como Punta del Este e Macau.

Não se pode deixar de lado também a influência da Espanha na música internacional. Alguns dos artistas que ocupam o topo das tabelas de músicas mais ouvidas no mundo nas tabelas da Billboard e nos serviços de streaming Spotify e Deezer, como Enrique Inglesias e Rosalía, são espanhóis. E os ritmos latinos que dominam os mesmos rankings, são uma derivação quase direta dos ritmos saídos da Espanha, exemplificados de maneira muito marcante em estilos musicais como o flamenco e o bolero.

Posição ainda privilegiada

Enquanto que o império espanhol entrou em declínio logo após seu auge no século XVIII, muito da sua forte influência geopolítica e econômica no resto do mundo mantém-se forte. A Espanha é hoje a 13ª economia mais forte do mundo em termos de produto interno bruto, com um PIB per capita de quase 30 mil dólares segundo as estimativas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional.

Apesar do fim do império, o laço entre a Espanha e seus antigos territórios fora da Europa continuam fortes. Em muitos eventos recentes de política internacional envolvendo países sul-americanos de língua espanhola, a Espanha agiu como um dos negociadores mais fortes das mesas, agindo como “ponte” entre os países do Novo e do Velho Mundo.

Essa relação dificilmente mudará de forma radical nos anos vindouros. No contexto de crise internacional onde a coordenação entre países mostra-se vital para a continuidade das nossas vidas em comum, a Espanha certamente usará de sua expertise geopolítica para continuar a achar os melhores caminhos para a Europa e também para a América do Sul como um todo.

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