No campo da maldade política e das conjeturas venenosas, o que alguns querem como fatura líquida e certa da escolha do coordenador da bancada de Sergipe no Congresso é a fritura cruel ao deputado federal Laércio Oliveira.
Por esta linha, há quem veja que Laércio foi uma vítima política duplamente: do governador Jackson Barreto e do senador Antônio Carlos Valadares. Não conjuntamente.
De Jackson, Laércio teria recebido via eleição de Jony um telegrama de que o que ele tem no Governo do Estado – uma boa Secretaria, como a Sedetec – já lhe é tudo, e o suficiente. Nada de sonho com o Senado e menos ainda com o Governo. Será que é isso mesmo?
De Valadares, uma cotovelada de vingança pelos embates de fevereiro, quando os dois foram à luta corporal pela eleição desta mesma Coordenação e saíram lesionados aqui e ali, e com a bolacha do joelho esboroada. Será que é isso mesmo?
Esses mesmos crudelíssimos fritadores ainda encontram tempo para ver um risinho sarcástico na face do senador Eduardo Amorim, como se a dizer, com aquela sua pedagogia de clérigo:
– “Laércio, meu irmão, não lhe disse que você não seria feliz desse novo lado? Com a gente, não teria perigo de você passar por isso”. Será que é isso mesmo?
Aliás, houve quem visse na eleição uma cooptação de Jony e do chorão Heleno Silva pelo bloco da posição.
Jony, um quase João Grilo da trupe de Edir Macedo, ops, da de Ariano Suassuna, corrige com fleuma: “A opção por mim só me faz grato à oposição, mas eu continuo governista”. Será que é isso mesmo?
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