O desembargador Diógenes Barreto, do Tribunal de Justiça de Sergipe, concedeu na noite desta quinta-feira (26) o prazo de 48 horas para que o Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed) se manifeste e apresente informações e documentos sobre a greve dos médicos da rede pública do município de Aracaju, iniciada semana passada.
A decisão do magistrado é em decorrência do pedido da Prefeitura de Aracaju para que a paralisação seja definida como abusiva e que os médicos voltem ao trabalho imediatamente, sob pena de multa diária de R$ 100 mil caso não retornem.
O desembargador entendeu que são necessários mais elementos para que ele possa tomar uma decisão definitiva. Entre os documentos requeridos ao sindicato, estão a comprovação da manutenção do funcionamento em cada uma das unidades de saúde onde ocorre a paralisação e a cópia da ata da assembleia em que houve a deflagração do movimento.
O presidente do Sindimed disse que o sindicato ainda não foi notificado da decisão.
Greve
Os médicos da rede municipal de saúde de Aracaju entraram em greve por tempo indeterminado reclamando da falta de negociação por parte da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e da contratação dos profissionais por pessoa jurídica para a prestação de serviços. De acordo com o sindicato, os médicos que trabalham na rede de urgência e emergência não vão paralisar.
Está é a segunda vez que os médicos entram em greve neste ano. Em junho, eles cobravam reajuste salarial, que conforme a categoria não ocorre há dois anos, além da abertura de um canal de negociação. Na ocasião, a paralisação foi encerrada após a Justiça julgar ilegal.