Na manhã da quarta-feira (8), o diretor da Defesa Civil de Sergipe esteve reunido com representantes da Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). O objetivo foi buscar elementos sobre as causas do desabamento da caixa d’água sobre o telhado da Escola Municipal Professor Osman dos Santos Oliveira, no Povoado Campo Grande, município de Nossa Senhora das Dores (SE) na segunda-feira (6).
“Em 30 dias, a confecção do nosso relatório de vistoria será entregue às autoridades e também ao Ministério Público de Sergipe, que requereu informações a respeito do caso”, afirma o diretor da Defesa Civil, Alexandre Alves.
Durante a reunião, o representante da DESO explicou que a companhia não tinha conhecimento do processo acelerado de corrosão do reservatório e que a estrutura tinha 13 anos, o que seria relativamente nova. “Há aproximadamente quatro anos foi feita uma manutenção. Foi uma surpresa triste pra gente constatar o problema dessa forma. Os nossos reservatórios são executados segundo as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas e não existe normativa para serem construídas longe das escolas”, disse o engenheiro Gabriel Campos.
Sobre o tempo de construção do reservatório, a Defesa Civil também entende que os 13 anos da estrutura não seria um problema. “O ponto de investigação será o motivo pelo qual houve essa aceleração da corrosão, porque claramente observa-se como a principal causa da estrutura ter ruído”, observa.
“Nada técnico ainda se consegue saber. Vamos avaliar o projeto desde a sua fundação até a extrutura. Que deve ter sido projetada para aquela capacidade de água (30 mil litros). Depois disso, a execução como foi feita, quem foi o profissional que acompanhou e esse plano de manutenção que foi traçado, se foi cumprido. É isso que vamos buscar para entender onde foi a falha para ocorrer esse acidente”, explica o presidente do Crea, Tadeu Maciel Filho.
Para que outras situações como esta aconteçam, a Defesa Civil disse que está fazendo avaliações e a medida que as demandas cheguem vistorias vão ser feitas nos locais para verificar se existem problemas.
Inquérito
O delegado Marcos Garcia, que acompanha o caso, informou que o inquérito policial foi instaurado e testemunhas foram ouvidas.
A Promotoria de Justiça também instaurou inquérito civil para apurar as responsabilidades pela tragédia. O Ministério Público solicitou relatórios técnicos sobre as possíveis causas do acidente e enviou os ofícios ao diretor do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil (DEPEC), ao diretor-presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Sergipe (CREA) e ao diretor-presidente da Deso.
Por G1 Sergipe