O mundo está ficando sem antibióticos. O alerta foi feito nesta terça-feira, 19, pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que aponta para o número insuficiente de novos produtos sendo desenvolvidos e uma resistência cada vez maior aos remédios que estão no mercado.
Apenas a resistência aos antibióticos que tratam de tuberculose causa hoje a morte de 250 mil pessoas por ano. Além desse caso, a OMS já identificou outros doze casos em que a resistência a produtos no mercado já representa uma ameaça.
No total, 51 novos antibióticos estão em diferentes etapas de avaliação e testes. Desses, porém, apenas oito deles estão sendo classificados pela OMC como “tratamento inovadores” e que irão adicionar valor ao arsenal de remédios que a humanidade dispõe. Mesmo esses oito candidatos não têm ainda garantias de que todos chegarão ao mercado.
Além da tuberculose, doenças ou infecções como a bactéria E.coli podem passar a representar sérias ameaças.
“Temos uma emergência de saúde global que pode minar de forma séria o progresso da medicina moderna”, alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-geral da OMS e que apelou por uma ação maior das farmacêuticas. “Precisamos de forma urgente de novos investimentos em pesquisa. Caso contrário, voltaremos a ver pessoas morrendo com infecções mesmo depois de cirurgias relativamente pequenas”, disse.
Apenas no setor de tuberculose, a OMS alerta que somente dois novos produtos chegaram ao mercado nos últimos 70 anos. Para erradicar a doença, a entidade estima que precisa de mais de US$ 800 milhões por ano para trazer ao mercado novos produtos.
Fonte: Veja