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Participação das mulheres no comando das famílias sergipanas cresce 81%

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Mais de 309 mil lares sergipanos possuem uma mulher no comando, segundo o estudo “Mulheres chefes de família no Brasil: avanços e desafios” da Escola Nacional de Seguros. A pesquisa faz referências ao período de 2001 a 2015.

Em Sergipe, a chefia feminina aumentou de 31,5% para 40,6% do total de famílias. Em números absolutos, o aumento foi de 170.315, em 2001, para 309.407, em 2015. A alta foi de 81%.

“O crescimento da chefia feminina entre 2001 e 2015 não se deve apenas aos fatores clássicos de empoderamento, como educação e emprego, mas também ao maior envolvimento com as responsabilidades domésticas. Embora ainda persistam resquícios da antiga família patriarcal brasileira, a dominação masculina absoluta não é mais a regra. O Brasil passa por um consistente processo de despatriarcalização”, explica o demógrafo José Eustáquio Diniz.

Os dados fazem parte de um estudo dos demógrafos Suzana Cavenaghi e José Eustáquio Diniz Alves, coordenado pela Escola Nacional de Seguros, que durante quatro meses cruzaram informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD 2001-2015), do IBGE.

O levantamento revela uma mudança expressiva no perfil de comando dos casais com e sem filhos. Há 17 anos, apenas 4% das mulheres estavam à frente desses núcleos familiares. Hoje elas são 22,5% do total.

Para a diretora de Ensino Técnico da Escola Nacional de Seguros, Maria Helena Monteiro, existe uma revolução em curso que afeta vários aspectos da vida familiar, mas ainda falta muito para a revolução se completar.

“As mulheres vivem em média 7 anos mais do que os homens, ultrapassaram os homens em todos os níveis educacionais, aumentaram a sua participação no mercado de trabalho, reduziram as diferenças salariais e são maioria entre os eleitores, os beneficiários da Previdência e dos programas de assistência social. No entanto, há uma enorme disparidade na divisão do tempo dedicado aos afazeres domésticos e aos cuidados com filhos e idosos. A mulher ainda carrega a maior parte da responsabilidade nesses aspectos, o que gera uma inegável sobrecarga e limita, em muitos, casos a ascensão profissional. É preciso ampliar esse debate na sociedade”, afirma Maria Helena Monteiro.Além de principal referência no comando dos domicílios, as mulheres chefes de família também aumentaram sua presença como contribuintes da Previdência Social. Entre 2001 e 2015, a contribuição previdenciária de mulheres chefes de família passou de 48,9% para 62%. Para os homens chefes de família, esse índice passou de 50,6% para 62,3%.

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