O ano de 2018 terminou com mais de 180 mil sergipanos em situação de desemprego. É o que aponta o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre a taxa de ocupação no estado no trimestre encerrado em novembro de 2018.
De acordo com a pesquisa, em um ano a taxa de desocupação entre os sergipanos saltou de 13,6% no último trimestre de 2017, para 17,5% no mesmo período do ano que passou. Esse percentual corresponde a uma população de 182 mil trabalhadores à procura de emprego.
Na avaliação do economista Luis Moura, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico (Dieese), o indicador reflete a lentidão da recuperação econômica, que também pode ser sentida com a timidez das vendas do comércio. “Estamos encerrando o ano com um nível de pessoas procurando emprego extremamente elevado se comparado com o mesmo período do ano anterior, quando eram 139 mil”, afirmou.
A pesquisa do IBGE também mostrou que Sergipe tinha, no trimestre analisado, 215 mil trabalhadores com carteira assinada na iniciativa privada, cerca de 20 mil a menos do que no mesmo período de 2017 e ainda 143 mil trabalhadores sem carteira assinada, 13 mil a mais do que no ano anterior. “São 248 mil pessoas trabalhando por conta própria que, somados aos sem carteira, resulta em cerca de 400 mil trabalhadores no mercado informal”, acrescenta Moura.
A necessidade de oxigenação do mercado de trabalho foi reconhecida pelo governador Belivaldo Chagas durante a cerimônia de posse, nesta terça-feira (1). Segundo ele, é preciso “criar um clima propício ao trabalho, ao empreendedorismo e com ele gerar otimismo, que é o combustível essencial para que as sociedades se movam e se transformem”.